ELEIÇÕES

Operação da PF contra Gayer é ‘confabulação’, diz Fred; vídeo

Vídeo do candidato a prefeito Fred Rodrigues em defesa do aliado Gustavo Gayer foi postado na tarde deste sábado, véspera de eleição

Em vídeo postado nas redes sociais no fim da tarde deste sábado (26), a poucas horas do fim do segundo turno, o candidato a prefeito de Goiânia Fred Rodrigues (PL) chamou de “confabulação” a operação da Polícia Federal que investiga o deputado federal Gustavo Gayer (PL) de irregularidade no uso da verba pública de gabinete.

“Essa investigação não encontra amparo, base legal nenhuma. Criaram ali uma confabulação, uma sequência de histórias, de recortes, de pessoas conversando aleatoriamente, para tentar jogar alguma coisa nele [Gayer]”, disse Fred.

Desvio de cota parlamentar

Segundo os investigadores, as mensagens “reforçam a hipótese investigativa” de que o parlamentar usava recursos da cota parlamentar para manter atividades privadas.

Em nota, o deputado afirmou que a operação da PF causa “bastante estranheza” e atribuiu a questões eleitorais de Goiânia, onde seu candidato, Fred Rodrigues (PL), concorre à prefeitura contra Sandro Mabel (União). “Entendemos que ações deste tipo não podem ser deflagradas no ápice do processo eleitoral, posto que atos judiciários interferem diretamente na política local, o que coloca em xeque a seriedade das decisões”.

“Demandas privadas”

Na decisão, o ministro Alexandre de Moraes afirmou que a investigação da PF levantou indícios de que o deputado usou assessores parlamentares para “desempenho de demandas privadas”. Essas atividades privadas – uma escola de inglês e uma loja de roupas – também seriam financiadas parcialmente com verbas da cota parlamentar. Conforme as investigações, os estabelecimentos funcionavam em um espaço alugado para ser um gabinete de Gayer.

“Os indícios colhidos pela Polícia Federal revelam que o Deputado Federal Gustavo Gayer teria empregado seus secretários parlamentares, remunerados com recursos públicos, para o desempenho de demandas privadas, bem como teria utilizado verbas públicas para manter, ainda que parcialmente, essas atividades privadas, uma vez que funcionariam em local custeado com verbas de cota parlamentar”, escreveu o ministro.