EXPRESSO DO ORIENTE II

Operação que apura desvios de taxas de embarque rodoviário alcança vereador, em Formosa

Operação investiga supostos desvios de recursos públicos ocorridos no terminal rodoviário do município a partir de 2018

Ação do MP em Formosa sobre taxas de embarque chega a vereador (Foto: MP-GO)

Desdobramento da operação Expresso do Oriente, em Formosa, alcançou um vereador da cidade. A ação, coordenada pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO), teve a primeira fase deflagrada na terça (19), com a prisão preventiva de uma servidora da prefeitura, e a segunda, já nesta quarta (20), com a investigação recaindo sobre outros dois suspeitos – um deles, membro do poder Legislativo municipal.

A ação investiga supostos desvios de recursos públicos ocorridos no terminal rodoviário do município a partir de 2018 – a nova etapa inclui o ano de 2017. Na terça, uma servidora municipal foi presa. Ela é suspeita de recolhimento e apropriação indevida de taxas de embarque na rodoviária no montante de, pelo menos, R$ 110 mil de janeiro de 2018 a dezembro de 2021.

Além do mandado de prisão preventiva, o órgão cumpriu outros dois de busca e apreensão nas residências da funcionária do município durante a primeira fase. Vale citar, equipes da Polícia Civil participaram da operação.

Ainda conforme o Ministério Público, a servidora – que é assessora especial da prefeitura e responsável pela cobrança e recebimento das taxas de embarque pagas pelos passageiros – é suspeita de desviar para si parte dos valores pagos pelos passageiros.

Segunda fase

Após apurações iniciais com as primeiras provas adquiridas na terça-feira, o MP iniciou a segunda fase em Formosa para evitar a destruição de provas por parte de outros dois suspeitos, sendo um deles vereador em atividade do município. O nome do parlamentar não foi revelado.

Assim, a Operação Expresso do Oriente, nesta quarta, cumpriu quatro mandados de busca e apreensão. Foram dois na residência de um servidor municipal que também atuou na administração da rodoviária e outros dois em desfavor do vereador – um deles no gabinete. Ele também atuou como administrador do terminal. Desta vez, o intuito é verificar documentos a partir de 2017.

Prefeitura de Formosa

O portal procurou a prefeitura de Formosa para comentar o caso. Confira a nota na íntegra:

“Diante dos fatos revelados pela imprensa até o momento sobre a ‘Operação Expresso Oriente’, desencadeada pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) por intermédio da 3ª Promotoria de Justiça de Formosa, que visa instruir investigação de supostos desvios de recursos públicos ocorridos no terminal rodoviário de Formosa desde 2018, em razão do recolhimento e apropriação indevida de taxas de embarque por parte de uma servidora municipal, a Prefeitura Municipal de Formosa esclarece que até o presente momento este Ente não foi citado para se manifestar em face à presente operação.

Esclarecemos ainda que a Prefeitura acompanhará o caso com atenção esperada e que todas as denúncias sejam apuradas e os culpados sejam exemplarmente punidos na forma da lei. Por fim esta Administração reitera o compromisso com a legalidade das práticas administrativas.”