Oposição tenta viabilizar CPI para apurar suposta interferência do Estado na Polícia Civil de Goiás
Para isso, é preciso que os deputados consigam pelo menos 14 assinaturas entre colegas
A oposição tenta emplacar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), na Assembleia Legislativa de Goiás, para apurar suposta interferência do Estado na Polícia Civil de Goiás. Para isso, é preciso que os deputados consigam pelo menos 14 assinaturas entre colegas para que a investigação saia do papel.
O problema é que a oposição na Assembleia possui hoje pelo menos 10 deputados como voto certo para a investigação. O que pode dificultar a instauração da CPI.
O requerimento para instauração da CPI é encampado pelo deputado estadual Eduardo Prado (PL), presidente da Comissão de Segurança Pública, que avalia ter “informações consistentes” das supostas interferências ocorridas principalmente na Delegacia Estadual de Combate à Corrupção (Deccor).
Uma das promessas do parlamentar é que convidará os delegados substituídos para serem ouvidos na Comissão de de Segurança Pública, mesmo caso a CPI não seja instaurada.
Entenda
A transferência da delegada titular da Deccor, Erica Botrel, é considerada um dos indícios de que haveria interferência do governo estadual nas ações de investigações da delegacia.
Botrel entrou no lugar de Rômulo Figueiredo, substituído há dois anos. Na época, deputados de oposição acusaram que a delegacia sofria pressão para investigar desafetos e do governo e poupar aliados.
Prado aponta que Botrel resistira em passar informações de investigações e cumprir pedidos políticos.
Resposta
Em nota, a Polícia Civil responde que tem feito reformas administrativas, sendo a Deccor uma das quais passou por mudanças. “Essas alterações vêm ocorrendo desde janeiro, cuja finalidade é dar oxigenação às unidades especializadas do Estado e aumentar seu nível de produtividade no presente ano”, diz o comunicado.