OS é suspeita de pagar propina a Baldy e faturar R$ 223,5 milhões em Goiás
A Organização Social (OS) Pró-saúde é suspeita de pagar R$ 500 mil ao secretário de…
A Organização Social (OS) Pró-saúde é suspeita de pagar R$ 500 mil ao secretário de Transportes do governo João Doria (PSDB), Alexandre Baldy (Progressista) para sua campanha, em 2014. Além disso, ela teria recebido R$ 223,5 milhões do governo de Goiás de 2010 a 2017 para a gestão do Hospital de Urgências da Região Sudoeste (Hurso). As informações são do jornal O Popular.
Baldy, conforme investigações, teria exigido dinheiro para sua campanha em troca da liberação de pagamentos atrasados do governo estadual a Pró-Saúde. Além disso, ele também teria se comprometido a conseguir novos contratos para a OS.
Três colaboradores da Pró-Saúde fizeram uma delação e disseram que, naquele ano, quando tentavam receber os pagamentos atrasados, foram apresentados a Baldy, à época do mesmo grupo do ex-governador Marconi Perillo (PSDB). Em março de 2014, conforme apurou o MPF, as parcelas estavam atrasadas, mas, a partir de junho se normalizaram.
Os R$ 500 mil para a campanha de Baldy teriam sido pagos no segundo semestre daquele ano, em dinheiro.
Operação
Baldy foi preso na manhã desta quinta-feira (6), na Operação Dardanários. A operação, um desdobramento da Lava Jato, foi deflagrada nesta quinta. A ação investiga desvios de verbas feitos na Saúde do Rio e de São Paulo. As ordens de prisão partiram do juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do RJ, que expediu seis mandados de prisão e 11 de busca e apreensão em Petrópolis (RJ), São Paulo, São José do Rio Preto (SP), Goiânia e Brasília.
Conforme exposto da decisão de Bretas pela CNN Brasil, foi possível chegar aos alvos por meio de colaboração premiada de três funcionários da Pró-Saúde, de São Paulo. Trocas de mensagens comprovariam a participação de Baldy no esquema – de 2014 a 2018.
Esses colaboradores informaram que a OS queria celebrar contratos com o governo do Rio (e outros) e que Baldy usaria sua influência política para auxiliar. Ainda de acordo com o exposto, o dinheiro deixava o Rio de Janeiro para abastecer a organização de São Paulo e, então, chegar a beneficiários em Goiás.