Para Marun, nomeação de Cristiane Brasil para Trabalho não é ‘imoral’
O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, afirmou nesta segunda-feira (15) não considerar imoral…
O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, afirmou nesta segunda-feira (15) não considerar imoral a indicação para o comando do Ministério do Trabalho de alguém que sofreu condenação trabalhista.
Indicada pelo seu pai Roberto Jefferson, a deputada federal Cristiane Brasil (PTB-RJ) foi condenada a pagar R$ 60 mil por dívidas trabalhistas a um de seus ex-motoristas. Ela também fez acordo com outro profissional, pagando R$ 14 mil para evitar nova condenação.
Os dois alegaram que cumpriam jornadas superiores a 12 horas e que ela não pagou horas extras, férias, 13º salário, FGTS e verba rescisória na demissão.
“Eu não considero nem amoral nem imoral todos aqueles que, em algum momento de suas vidas, principalmente aqueles que são empregadores, perderam ações na Justiça do Trabalho. Não considero essas pessoas, a principio, nem imorais nem amorais”, disse.
Para o ministro, o juiz Leonardo da Costa Couceiro, da 4ª Vara Federal de Niterói, “se equivocou” ao ter concedido liminar que impediu a posse da parlamentar no cargo de ministra.
EMBARGO
Como o TRF (Tribunal Regional Federal) da 2ª Região manteve a suspensão da cerimônia, o presidente Michel Temer ingressou com um embargo de declaração, na última sexta-feira (12), questionando a competência do juiz de primeira instância.
“A Cristiane Brasil, neste momento, é uma questão do Poder Judiciário. O governo recebeu uma sugestão do PTB, entende que ela tem condições de ser uma boa ministra e a Constituição Federal determina que é um ato privativo do presidente a nomeação e exoneração de ministros”, disse Marun.
A indicação dela foi um reconhecimento do presidente ao seu pai, Roberto Jefferson, que atuou diretamente para que o PTB fechasse questão em apoio à reforma da Previdência. O principal cotado caso ela seja suspensa de novo é o deputado federal Sérgio Moraes (PTB-RS), que em 2009 causou polêmica ao dizer que estava “se lixando para a opinião pública”.