Eleições 2018

Para polarizar com Bolsonaro, Alckmin defende liberação do porte de armas para guardas municipais

Em discurso, tucano enfatizou a necessidade de integração dos programas nacionais de segurança, com as prefeituras

Na estratégia de polarizar com o pré-candidato do PSL, Jair Bolsonaro, o pré-candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, elogiou neste sábado em Campo Grande (MS), a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de liberar o porte de armas para guardas municipais de cidades com menos de 50 mil habitantes. Alckmin focou seu discurso, em evento em Mato Grosso do Sul, perto das fronteiras, em seu programa de segurança. Ao falar da liberação do porte de arma para guardas das pequenas cidades, o tucano enfatizou a necessidade de integração dos programas nacionais de segurança, com as prefeituras.

Ele deu como exemplo a experiência do programa Tolerância Zero, implementado no início dos anos 90 em Nova Iorque, pelo então prefeito Rudolph Giuliani. O programa que punia com rigor também os pequenos crimes, derrubou os índices de criminalidade na capital norte-americana. Outra proposta do pré-candidato tucano é a criação da Agência Nacional de Segurança, que prevê reunir a inteligência das polícias estaduais e Federal e das Forças Armadas.

– A luta contra o crime é territorial, por isso as prefeituras são fundamentais nesse trabalho. Quero trazer as prefeituras para serem parceiras do governo federal na segurança – defendeu Alckmin.

Dados de sua gestão no combate a criminalidade, em São Paulo, tem sido explorados por Alckmin, que elegeu a Segurança Pública como uma das prioridades seu programa de governo. Em Campo Grande, ele falou da necessidade de patrulha nas fronteiras para coibir o contrabando de armas e drogas e a pirataria de produtos.

– Todo mundo sabe por onde entra o contrabando. Como não faz nada? Estamos perdendo emprego com produto falsificado – disse Alckmin.

O tucano definiu que o tripé de seu plano de segurança é: gente, gestão e tecnologia para aprimorar o sistema de monitoramento das fronteiras.

– O último pilar passa pelo investimento no Sisfron, que precisa funcionar de fato em um país com 17 mil km de fronteiras. O tráfico não tem fronteiras, é preciso realizar um trabalho diplomático para uma união internacional de forças contra o crime – defendeu Alckmin, lembrando que o Mato Grosso do Sul faz fronteira com a Bolívia e o Paraguai.