Parlamentares querem que Iquego produza vacinas contra Covid-19 em Goiás
Indústria química goiana é considerada referência por produzir coquetel contra HIV
Vereadores e deputado estadual buscam ativar a Indústria Química do Estado de Goiás (Iquego) para que a empresa produza vacinas contra Covid-19 em território goiano. Parlamentares devem visitar a sede, em Goiânia, na próxima quinta-feira (25), na tentativa de averiguar as reais condições em que as instalações se encontram.
Membros da Frente Parlamentar Vacina Já, da Câmara Municipal convidaram a Universidade Federal de Goiás (UFG) para fazer parceria afim de analisar a possibilidade de reativar a Iquego. Além da visita ao laboratório, que consideram subutilizado, acreditam que este poderia ser reestruturado para fabricar doses a longo prazo.
A vereadora Aava Santiago (PSDB), vice-presidente da Frente, diz que essa primeira visita servirá para avaliar as fontes de conexão da Iquego com outras farmacêuticas pelo Brasil, bem como as condições de produção do local. “Vamos averiguar, nesta primeira conversa, a partir dela buscar recursos, mecanismos para que Goiás consiga produzir e vacinar os goianos o mais rápido possível”, diz.
Mauro Rubem (PT), presidente da Frente, já havia dito ao Mais Goiás sobre a possibilidade de reativação de rede de laboratórios ligadas à Iquego para produção, à longo prazo, de imunizantes contra covid-19.
Assembleia
Do mesmo modo, o deputado estadual Talles Barreto (PSDB), questionou durante sessão remota da Assembleia Legislativa, na semana passada, a ativação da Iquego para a produção das vacinas. Segundo ele, a estatal é referência no país como produtora de coquetel para AIDS e poderia ser usada também para produzir os imunizantes. O tucano quer, ainda, que o presidente da indústria, Denes Pereira, participe de reunião remota para informar que tipo de parceria poderia ser feita.
Em 2019, a Assembleia aprovou autorização para que o governo estadual pudesse vender ativos de algumas estatais, entre elas a própria Iquego. Já no ano passado, a estatal voltou a funcionar e produzir álcool 70% líquido e gel para combate à pandemia.