“Partido mantém uma janela aberta para alianças”, diz pré-candidato a governador pelo PT
Ex-reitor da PUC-GO, Wolmir Amado colocou o nome à disposição do PT Goiás para disputar…
Ex-reitor da PUC-GO, Wolmir Amado colocou o nome à disposição do PT Goiás para disputar o governo do Estado, neste ano. O pré-candidato declarou, em entrevista ao Mais Goiás, que a situação, agora, não está mais em suas mãos, exceto a parte de se manter disponível para a decisão.
“Apresentei o nome à disposição do partido, durante reunião ampliada do Diretório Estadual, em novembro de 2021. Houve excelente acolhida e receptividade. Mas isso foi o resultado de cinco meses em diálogo interno, com companheiros do próprio PT e com outros presidentes partidários e/ou eventuais pré-candidatos de outros partidos.”
Durante a conversa, ele falou, ainda, que não acredita em terceira via e sobre a possível aliança do ex-presidente Lula (PT) com o ex-governador de São Paulo, Gerlado Alckmin (sem partido) – ele deixou o PSDB em dezembro passado. Para ele, a união possibilita um horizonte político mais amplo e conciliado no País.
Entrevista
Mais Goiás – Como estão os preparativos da pré-candidatura do senhor ao governo do Estado?
Wolmir Amado – Apresentei o nome à disposição do partido, durante reunião ampliada do Diretório Estadual, em novembro de 2021. Houve excelente acolhida e receptividade. Mas isso foi o resultado de cinco meses em diálogo interno, com companheiros do próprio PT e com outros presidentes partidários e/ou eventuais pré-candidatos de outros partidos. Na fase seguinte, dediquei-me às diversas reuniões internas, entrevistas e organização de projeto para as redes sociais. Neste ano, em conjunto com uma equipe de apoiadores, preparamos intensa programação de atividades políticas.
O nome do senhor já é certo? O que depende?
Wolmir Amado – O nome, como disse, foi apresentado ao partido. Agora já não depende mais de mim, senão manter-me disponível. No momento certo, haverá a convenção para a decisão conjunta.
O PT não tem tradição de governo, em Goiás. Acredita que o fator Lula ajude a impulsionar não só a sua candidatura, mas das chapas de deputado?
Wolmir Amado – O PT, em pesquisa recente, é o partido que está com mais alta aprovação, no Brasil; o pré-candidato Lula é o que tem mais alta intenção de voto e vamos nos empenhar para que seja vitorioso também em Goiás. Temos uma plêiade de homens e mulheres com grande capacidade e liderança, com nomes colocados à disposição para candidaturas a deputados federais e estaduais. Há grande otimismo e muita disposição de trabalho conjunto, mantendo a humildade e apresentando a nossa disposição de serviço ao povo goiano e ao Brasil.
Quais os planos do PT em relação a Senado? Há algum?
Wolmir Amado – Temos excelentes nomes para candidatarem-se a todos os cargos.
Eventualmente, caso o nome do senhor não se viabilize, é possível apoiar algum candidato de centro, como Gustavo Mendanha – caso ele declare apoio a Lula?
Wolmir Amado – O partido mantém uma janela aberta para alianças, além de estar empenhado nas federações. A condição para isso será o apoio e palanque para Lula, em Goiás. Portanto, não se trata de viabilizar nomes, mas de construir e prospectar condições eleitorais conjuntas e possibilitar futura governabilidade.
Na esfera nacional, qual a expectativa para 2022? Vê uma campanha “fácil” para Lula?
Wolmir Amado – Não existe campanha fácil. Será preciso muito empenho, trabalho e unidade. A crise instalada no Brasil requer esforço redobrado, porque será preciso superar problemas que se tornaram ainda mais profundos e complexos. Já foi preparado o Plano nacional de reconstrução e transformação do Brasil; o mesmo será elaborado para Goiás. Mas tudo isso supõe bem mais que formular propostas. Implica em coalização de lideranças, pacificação nacional e potencialização de pessoas, recursos e talentos em todos os Estados do Brasil. O PT, após mais de quarenta anos de sua fundação, acumula experiência de gestão e uma longa história de superação e afirmação. Vivemos tempos amadurecidos, construídos por gerações que nos antecederam. Estamos preparados e bem conscientes dos desafios, das ciladas e dos sonhos a serem rearticulados no País.
Acredita que uma terceira via, como Moro, pode mudar o cenário?
Wolmir Amado – Não acredito em terceira via. Moro é apenas um juiz declarado sob suspeição, que se fez político.
Em relação a possibilidade de Geraldo Alckmin ser o vice de Lula. Qual a sua avaliação?
Wolmir Amado – Minha opinião pessoal é que, se viável, seja necessária a aliança partidária; assim também ocorreu em outros momentos históricos. Isso possibilita um horizonte político mais amplo e conciliado, para assumir e promover o nosso querido país, com inclusão social e desenvolvimento sustentável.
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