Partidos não descartam formação de frente de esquerda contra Bolsonaro em Goiânia
Legendas pretendem dialogar para fazer frente a projeto da ultra direita na capital
Partidos de esquerda historicamente lançam candidaturas ao Executivo, mas há dificuldades de se unirem na formação de uma chapa conjunta nas disputas majoritárias. Para fazer contraposição ao projeto capitaneado por Jair Bolsonaro na presidência da República, legendas não descartam a construção de uma frente de esquerda em combate as ideias da ultra direita em Goiás.
A pré-candidata a prefeita pelo PSOL, Hemanuelle Jacob, explicou ao Mais Goiás que está aberta a dialogar com representantes de outros partidos de esquerda para construir um projeto alternativo. Ela diz que o partido edstá aberto ao diálogo.
“Queremos conversar com as legendas. O nosso inimigo não está entre nós, mas é o pensamento da ultra direita. Queremos organizar uma frente de discussões. O PSOL está aberto para o diálogo”, disse Hemanuelle. Para a pré-candidata há uma diferença ideológica na esquerda, mas o momento é propício para a construção de um projeto alternativo.
“Há questões a serem resolvidas. Por exemplo, entendemos que o PT errou e deveria haver uma autocrítica, houve um avanço importante para várias questões, mas se aliou ao Centrão, que é a mesma coisa que o Bolsonaro está fazendo hoje. O ideal é sair uma grande frente. O momento é propício, com quem estamos lutando não é com a gente, mas um projeto de sociedade da extrema direita, uma ameaça ao direito democrático”, avaliou.
O presidente estadual do PCB, Paulo Winícius Teixeira de Paula (Maskote), defende que tradicionalmente o partido tem se apresentado nos últimos anos com nomes nas chapas majoritárias, como a professora Marta Jane nas eleições para o governo em 2010 e Marcelo Lira nas eleições para 2018.
Ele destaca que é importante a construção de um projeto da esquerda para Goiânia, que enfrente a desigualdade em Goiânia. Maskote entende que o ideal é a apresentação de um nome que unifique as forças contra a direita, questionando pontos cruciais para o desenvolvimento da cidade. O dirigente afirma que o partido está aberto ao diálogo.
“Se por um lado temos uma extrema direita, entendemos que mais importante que lançar nomes é construir um programa que ataque a questão da apropriação privada da cidade pela especulação imobiliária, e não pelo interesse popular que vive em situação precária; contrapondo, por exemplo, aos interesses das grandes empresas de ônibus. A esquerda radical em Goiânia precisa questionar o Plano Diretor que inclusive está na Câmara”, argumentou.