Pazuello diz que ‘não há data exata’ para importação de vacinas da Índia
O Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou, nesta quinta-feira (21), que ainda não há data…
O Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou, nesta quinta-feira (21), que ainda não há data para a vinda de doses da vacina de Oxford da Índia. O ministro disse que o fato de não haver uma data é decorrente da posição do governo indiano, já que o Brasil já fez o empenho dos recursos e, segundo ele, agilizou os trâmites necessários.
— Com relação à vinda da vacina da Índia, as notícias são muito boas, mas não há data exata da decolagem, ela será dada nos próximos dias. Próximos dias (significa) muito próximos. (Não tem data) por causa da posição indiana nesse desenho e não nossa. Nós queremos, nós contratamos, nós pagamos , fizemos o empenho. Temos o documento de importação e já temos o documento de exportação, é apenas nesse caso, sim, a liberação do Ministério da Saúde indiano que está sendo discutida — disse Pazuello.
Pazuello não comentou sobre o incêndio no Instituto Serum, produtor das 2 milhões de doses compradas pelo Brasil. Ele disse que ainda não tinha informações sobre o caso. Em relação à importação dos ingrediente farmacêutico ativo (IFA) que virá a China, utilizado como matéria prima da vacina de Oxford e da CoronaVac, o ministro afirmou que tem negociado diplomaticamente com o país e que se trata de uma questão burocrática, e não política.
— Estamos em negociação diplomática com a China, conversei ontem pessoalmente duas vezes com o embaixador chinês. Ele vai fazer as gestões necessárias, colocou para mim que não há nenhuma discussão política ou diplomática no assunto e sim burocrática. Ele vai encontrar onde está esse entrave e vai ajudar a destravar— afirmou.
O ministro disse ainda que a vinda do IFA, de acordo com os contratos, ainda não está atrasada. E que o governo tenta antecipar a chegada do insumo.
— Eu lembro que no contrato de entrega desse IFA para o Butantan a próxima previsão de entrega é para o dia 10 de fevereiro. Tenta-se antecipar, não está atrasado no caso do Butantan. No caso da Fiocruz a previsão é até 31 de janeiro, ainda não está atrasado, mas estamos nos antecipando ao problema. Eu não posso acionar ainda contratualmente as empresas que fizemos a encomenda da tecnologia. Eu só posso acioná-la, e acionarei, no primeiro dia de atraso, que é após o final de janeiro.
Nesta quinta-feira, Pazuello participou de um evento de lançamento do “ImunizaSUS” um programa para capacitação de profissionais de saúde para levar em frente a vacinação do país.