FUTURO POLÍTICO

Pedro Wilson descarta em candidatura a vereador e diz que período no Iphan foi “muito produtivo”

O ex-prefeito de Goiânia passou sete meses à frente do Instituto Nacional do Patrimônio Histórico Nacional (Iphan)

O ex-prefeito de Goiânia Pedro Wilson (PT) quer participar ativamente das eleições 2024, mas descarta uma candidatura a vereador no pleito. O professor até diz que sofre uma pressão por parte de setores do partido e acadêmicos que apreciam sua trajetória, mas adianta ao Mais Goiás que não vai às urnas. Wilson pediu demissão na última quinta-feira (29) do cargo de superintendente regional do Instituto Nacional do Patrimônio Histórico Nacional (Iphan) em Goiás e atribuiu sua passagem pelo órgão como “produtiva”.

Ainda assim, deseja contribuir apoiando entre três a cinco candidatos ao legislativo goianiense e claro, também quer atuar na pré-candidatura da deputada federal Adriana Accorsi (PT), ao Paço Municipal. “Eu continuo militando como partido. Vou continuar ajudando e já estou engajado na campanha da Adriana”, destaca ao portal. “Não sou candidato. Tem uma pressão muito forte, vou apoiar dois a cinco nomes e trabalhar para que a gente possa eleger um parlamento forte”, pontua.

Questionado porque não vai ceder a pressão, Pedro Wilson destaca que quer dar lugar a novos nomes na política. Cita entre vários quadros o nome do professor Edward Madureira que já lançou sua pré-candidatura à Câmara dos Vereadores. “Acredito muito na renovação de candidatos. Não podemos ficar reelegendo, três, quatro, cinco mandatos seguidos”, pontua. 

“Precisamos de renovações. Isso é coisa de partido fisiológico que vive a política pela política. Temos de eleger gente compromissada com a educação, meio ambiente, saúde”, salienta ao portal. “A cidade precisa de gente que trabalhe na área de botânica, arquitetura. Que pense a cidade. Tem muita gente nova e disposta. Temos de dar espaço a elas”, destaca. Ele acredita que a própria Adriana Accorsi entra competitiva ao pleito. “Irei trabalhar por ela, ela tem uma estrutura forte. O PT também está montando uma boa chapa.”, pontuou.

Sem entrar em detalhes sobre os motivos que motivaram seu pedido de exoneração da superintendência do Iphan em Goiás, Pedro destaca que sua passagem pelo órgão foi “extremamente postiva”. “Foi extremamente positiva. Fui a todas as cidades que nós tínhamos historicamente o Iphan. Em vez de ficar em Goiânia recebendo vereadores e prefeitos, eu fui às cidades. Fui a região indígenas. Vi a realidade de perto deles. A gente não mantém a história só por meio dos livros, mas também de manter seus costumes”, salientou.

Saída de Pedro Wilson do Iphan

Na sexta-feira (1º), ele deixou o cargo. Pedro ficou no cargo por sete meses. No fim do ano passado, alguns servidores acusaram o então superintendente de assédio moral. Ele, inclusive, teria chamado uma servidora de “parasita”.

Em nota, a assessoria do professor afirmou que ele sofria uma “campanha de difamação por parte de alguns servidores que não têm aceitado as decisões de sua gestão”. À época, algumas entidades saíram em defesa de Pedro Wilson.