REAJUSTE

“Perdeu o clima”, diz vereador sobre lei que aumenta salários do prefeito e parlamentares

Welington Peixoto afirma que o vice prefeito eleito disse que vetaria, caso chegasse até ele

"Perdeu o clima", diz vereador sobre lei que aumenta salários do prefeito e vereadores

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara Municipal aprovou, na última quarta (9), um projeto de lei que aumenta salários do prefeito, vice-prefeito, secretários e vereadores a partir de 2022. O texto, contudo, gerou indecisão de diversos vereadores, conforme confirma o próprio relator da matéria na CCJ, Welington Peixoto (DEM).

Welington, que é líder no governo na Câmara, disse que não há clima para votar a matéria. “Diante da indecisão de alguns, indefinição e alguns contrários, perdeu o clima. Acredito, inclusive, que o presidente da Câmara, Romário Policarpo (Patriota) não irá colocar na pauta.”

De acordo com Welington, o vice prefeito eleito Rogério Cruz (Republicanos) já adiantou que, caso o projeto seja aprovado e ele esteja na gestão no momento – o prefeito eleito Maguito Vilela (MDB), no momento, ainda está hospitalizado em São Paulo -, irá vetar. “Iris (MDB) não deve mexer. Tem o recesso. Eu, como líder de governo da atual gestão também tenho que pensar na próxima administração. Vou trabalhar para que o projeto não dê sequência.”

O projeto, vale destacar, foi proposto pelo vereador Milton Mercês (Patriota). Peixoto disse também ao Mais Goiás que o próprio colega não pretende colher assinaturas. “Ele já me disse que não vai. Então, acho difícil dar prosseguimento.”

Projeto

Com a legalidade aprovada na CCJ, o projeto de lei segue para o plenário, onde precisa passar em duas votações. O texto prevê que o salário do prefeito deve ser fixado em igual valor a dos deputados estaduais, do vice-prefeito equiparado a dos vereadores, que seria em 75% do valor recebido pelos deputados.

Caso seja aprovada, o salário do prefeito sairá dos atuais R$ 27 mil para R$ 33,7 mil, aumento de 39,4%. Enquanto os vereadores receberão R$ 18,9 mil (hoje é R$ 15,6 mil), reajuste de 21,4%.