ECONOMIA

Pesquisa Genial/Quaest: percepção sobre a economia fica menos pior em três semanas

Recuam percentuais de eleitores dizendo que situação econômica piorou, enquanto os que veem melhora tiveram oscilação positiva

Campanha de Bolsonaro aposta na segunda parcela do Auxílio Brasil para subir nas pesquisas” (Foto: Reprodução/Youtube)

Pesquisa feita pela Genial/Quaest indica que diminuiu entre os eleitores a percepção de que a economia do Brasil piorou no último ano. O dado pode ser um sinal positivo para o presidente Jair Bolsonaro (PL), que tenta a reeleição em uma disputa que hoje é liderada pelo petista Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Segundo o levantamento, ainda são maioria os que viram a piora da economia (52%), enquanto 23% notaram melhora. Essa diferença de 29 pontos percentuais entre os dois grupos era de 36 pontos na última pesquisa, com campo nos dias 28 e 31 de julho e divulgada no dia 3 de agosto.

O ligeiro recuo da percepção negativa dos eleitores mais pobres sobre o desempenho econômico do país pode ser uma boa notícia para a campanha de Bolsonaro. Lula hoje tem ampla vantagem sobre o presidente nesse eleitorado.

Entre os entrevistados que ganham até dois salários mínimos por mês, 54% dizem que a economia piorou, contra 16% que avaliam ter havido melhora. Os 38 pontos percentuais que separam os dois grupos eram 43 na pesquisa divulgada no início de agosto.

A melhora na percepção da economia se reflete também na avaliação do governo Bolsonaro. Hoje são 41% os que classificam a atual gestão como ruim ou péssima, índice que era de 43% na última e 47% em julho. No entanto, como O Pulso mostrou, até o momento não foram sentidos esses mesmos efeitos quando o assunto é intenções de voto para o presidente.

Perguntados sobre a capacidade de pagar as contas, 51% dos eleitores beneficiários pelo Auxílio Brasil disseram que houve piora nos últimos três meses. Eram 59% os que relatavam essa situação há três semanas. Os beneficiários do programa social, que começou neste mês a pagar novo valor com acréscimo de R$ 200, são outro público que a campanha de Bolsonaro tem na mira para tentar reeleger o presidente.

A Quaest ouviu 2 mil eleitores entre os dias 11 e 12 de agosto. A margem de erro da pesquisa é dois pontos percentuais para mais ou para menos e um intervalo de confiança de 95%. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob o número BR-01167/2022.