Pesquisa Genial/Quaest: percepção sobre a economia fica menos pior em três semanas
Recuam percentuais de eleitores dizendo que situação econômica piorou, enquanto os que veem melhora tiveram oscilação positiva
Pesquisa feita pela Genial/Quaest indica que diminuiu entre os eleitores a percepção de que a economia do Brasil piorou no último ano. O dado pode ser um sinal positivo para o presidente Jair Bolsonaro (PL), que tenta a reeleição em uma disputa que hoje é liderada pelo petista Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Segundo o levantamento, ainda são maioria os que viram a piora da economia (52%), enquanto 23% notaram melhora. Essa diferença de 29 pontos percentuais entre os dois grupos era de 36 pontos na última pesquisa, com campo nos dias 28 e 31 de julho e divulgada no dia 3 de agosto.
O ligeiro recuo da percepção negativa dos eleitores mais pobres sobre o desempenho econômico do país pode ser uma boa notícia para a campanha de Bolsonaro. Lula hoje tem ampla vantagem sobre o presidente nesse eleitorado.
Entre os entrevistados que ganham até dois salários mínimos por mês, 54% dizem que a economia piorou, contra 16% que avaliam ter havido melhora. Os 38 pontos percentuais que separam os dois grupos eram 43 na pesquisa divulgada no início de agosto.
A melhora na percepção da economia se reflete também na avaliação do governo Bolsonaro. Hoje são 41% os que classificam a atual gestão como ruim ou péssima, índice que era de 43% na última e 47% em julho. No entanto, como O Pulso mostrou, até o momento não foram sentidos esses mesmos efeitos quando o assunto é intenções de voto para o presidente.
Perguntados sobre a capacidade de pagar as contas, 51% dos eleitores beneficiários pelo Auxílio Brasil disseram que houve piora nos últimos três meses. Eram 59% os que relatavam essa situação há três semanas. Os beneficiários do programa social, que começou neste mês a pagar novo valor com acréscimo de R$ 200, são outro público que a campanha de Bolsonaro tem na mira para tentar reeleger o presidente.
A Quaest ouviu 2 mil eleitores entre os dias 11 e 12 de agosto. A margem de erro da pesquisa é dois pontos percentuais para mais ou para menos e um intervalo de confiança de 95%. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob o número BR-01167/2022.