Pesquisas eleitorais, boca de jacaré e tesourinha

Pesquisas eleitorais estão em alta. Por motivos óbvios, é claro. Estamos a pouco mais de 15 dias do primeiro turno e todo mundo está atento ao desenrolar dos números. Quem está subindo, quem está caindo, quem está empacado. Quem vai ganhar com folga, quem sairá pequeno das urnas e quem vai seguir no embate por mais quatro semanas até o segundo turno.

E tem pesquisa para todos os gostos. Presidente, governadores e senadores. E como temos institutos fazendo levantamentos junto à opinião pública, não é mesmo? Parece que todo dia aparece uma nova empresa com novos números para bagunçar nossa cabeça.

O que eu mais gosto de observar com essa profusão de pesquisas eleitorais é a evolução dos índices nos gráficos. É um clássico dizer que pesquisa é foto enquanto as eleições são filme. Por isso é necessário compreender a evolução dos números para tentarmos captar as tendências do eleitorado. E aí entram as metáforas para explicar como está o andar dos números.

Se o candidato da frente abre vantagem perante o segundo colocado, falam que a boca do jacaré está se abrindo. Se o que está atrás se encontra em aproximação e parece que a vitória está no horizonte, começam os questionamentos de quando ser dará a tesourinha com o cruzamento das linhas.

Cara, essas metáforas perante a evolução dos gráficos são legais demais. Um brinde para quem pela primeira vez observou essas semelhanças. Tim-tim!

A perspicácia de quem tem esse mérito para si é elogiável. Pois fica realmente muito igual uma boca de jacaré e uma tesourinha a composição pictórica das curvas.

Os candidatos ficam ansiosos com o coração saindo pela boca para ouvir que está rolando algum dos dois movimentos.

No dia dois de outubro, uma parte dessa diversão de analisar gráficos se finda. Já no final do mês, acabará tudo de vez. Depois, só em 2024 e as eleições municipais para ouvirmos novamente sobre bocas de jacaré e tesourinhas.

Enquanto outubro não termina, vamos aproveitar e nos divertir.

@pablokossa/Mais Goiás | Foto: Reprodução