ORDEM DO STF

PF prende blogueiro bolsonarista investigado por apoio a atos antidemocráticos

Oswaldo Eustáquio havia sido alvo de busca e apreensão solicitada pela PGR por ordem do STF

Oswaldo Eustáquio (Foto: Divulgação)

A Polícia Federal prendeu nesta sexta-feira o blogueiro bolsonarista Oswaldo Eustáquio, no inquérito que investiga apoio e organização de atos antidemocráticos, por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Eustáquio foi preso em Campo Grande (MS) e havia visitado recentemente uma cidade da fronteira do Brasil com o Paraguai. A prisão é temporária (com validade por cinco dias).

A PF suspeitava de que ele tentava fugir do país. Eustáquio já havia sido alvo de busca e apreensão solicitada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) deflagrada no último dia 15, por sua relação com os atos que pedem o fechamento do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF), mas não foi encontrado pela PF em seus endereços. Havia suspeita de que ele estava se escondendo das autoridades.

O blogueiro estava sob investigação neste caso e era monitorado pela PF nos últimos dias. Ele é próximo da extremista Sara Giromini, que também havia sido presa, mas foi solta nesta semana sob a condição de que usasse tornozeleira eletrônica.

No início do governo de Jair Bolsonaro, Eustáquio atuava informalmente em Brasília se identificando como assessor de imprensa da ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos Damares Alves. Ele é casado com a atual secretária nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Sandra Terena. Apesar de ter livre trânsito pelo ministério, ele não chegou a ser nomeado como assessor.

O inquérito sobre os atos antidemocráticos busca provas do financiamento orquestrado da realização de atos pelo país nos últimos meses. O ministro Alexandre de Moraes autorizou, a pedido da PGR, a quebra de sigilo bancário de 37 alvos envolvidos nos atos, dentre eles 11 parlamentares alvo da investigação.

Em sua decisão que autorizou buscas e quebras, Moraes afirmou que existe “real possibilidade de associação criminosa” nesses atos.