VIOLÊNCIA

PF vai investigar ataques e ameaças a juiz que autorizou prisão de Milton Ribeiro

Renato Borelli tem sofrido ameaças nas redes sociais e teve o carro atingido em duas ocasiões nesta semana

PF vai investigar ataques e ameaças a juiz que autorizou prisão de Milton Ribeiro (Foto: Agência Brasil)

A Polícia Federal (PF) vai investigar as ameaças e ataques ao juiz federal Renato Borelli, autor do mandado de prisão contra o ex-ministro da educação Milton Ribeiro e pastores suspeitos de lobby no MEC Gilmar Santos e Arilton Moura, além de outros dois alvos.

Na quinta-feira (7), o magistrado da 15ª Vara Federal teve o carro atingido por um artefato com ovos, terra e estrume enquanto dirigia em Brasília. Até o momento, os autores não foram identificados. Este foi o segundo ataque físico da semana: na quarta (6), enquanto ia para casa e passava por área de mata, jogaram fezes humanas com esterco no veículo dele.

Ainda na quinta, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) recomendou ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) adotar medidas de segurança. A PF informou que a Justiça Federal auxilia no inquérito.

Além do ataque de quinta, Borelli tem sofrido ameaças nas redes sociais desde que autorizou a prisão do ex-ministro. Segundo a CNN, o juiz avisou ao Ministério Público Federal (MPF) que contas de perfis invadidas e recebeu cerca de 800 ameaças de bolsonaristas nas redes.

Prisão de Milton Ribeiro

A Polícia Federal prendeu o ex-ministro, os pastores e outros dois alvos em 22 de junho, durante a Operação Acesso Pago. Eles foram soltos no dia seguinte.

Vale citar, a PF investiga corrupção e tráfico de influência para liberação de verbas públicas no MEC. Ao todo, foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão em Goiás, Distrito Federal, São Paulo e Pará, além de medidas cautelares, como proibição de contatos entre os investigados.

Segundo as apurações, os envolvidos utilizavam a influência no Ministério para conseguir liberação de recursos públicos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, vinculado ao MEC. As ordens judiciais foram emitidas pela 15ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do Distrito Federal. As investigações estão sob sigilo.