PGR determina proteção a servidores da Anvisa ameaçados de morte
Diretores da agência receberam ameaças de pessoas contrárias à vacinação de crianças contra Covid-19
A Procuradoria Geral da República (PGR) determinou a adoção de medidas para garantir a proteção dos diretores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A informação foi divulgada nesta segunda-feira (20) e tem o objetivo de proteger dirigentes da agência que receberam ameaças de pessoas contrárias à vacinação de crianças contra Covid-19.
A medida da PGR acatou um pedido do presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres. Ele afirmou ao órgão que houveram ameaças de morte a servidores e pediu proteção policial para eles a exemplo do que já havia sido feito em novembro, quando as primeiras ameaças foram registradas.
As ameaças surgiram após decisão da Anvisa de autorizar a aplicação da vacina da Pfizer-BioNTech contra covid-19 em crianças de 5 a 11 anos, na última quinta-feira (16).
“O crescimento das ameaças faz com que novas investigações sejam necessárias para identificar os autores e apurar responsabilidades”, explicou a Anvisa.
“Sem indícios”, diz PGR
Contactada pela Agência Brasil, a PGR acrescentou que até o momento os procuradores da primeira instância (no DF e no Pará) não encontraram indícios do envolvimento de pessoas com prerrogativa de foro, o que jogaria o caso para a instância superior, que é a própria PGR.
Em live em redes sociais, na quinta-feira (16), o presidente Jair Bolsonaro disse que pediu extraoficialmente o “nome das pessoas que aprovaram a vacina para crianças a partir de 5 anos”. “Queremos divulgar o nome dessas pessoas para que todo mundo tome conhecimento de quem foram essas pessoas e forme seu juízo”, disse o presidente.
No dia seguinte (17), a diretoria da Anvisa divulgou nota rebatendo questionamentos de Bolsonaro acerca da decisão de autorizar a vacinação em crianças com o imunizante da Pfizer-BioNTech.
Com informações de Agência Brasil.