PROPOSTAS

Planos de governo dos candidatos a prefeito revelam visões diferentes sobre Goiânia

Registrados no Tribunal Superior Eleitoral, os planos de governo são as principais propostas de campanha dos candidatos

Mais Goiás realiza debate dos candidatos à prefeitura de Goiânia em 19 de setembro (Fotos: Divulgação)

Os planos de governo dos principais candidatos à Prefeitura de Goiânia refletem diferentes visões para a cidade, com propostas que variam desde a modernização urbana até a promoção da economia criativa. É a partir destes documentos, registrados no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que os candidatos vão balizar suas propostas e promessas para aplicar na gestão eleita. Por isso, é importante dar atenção às diretrizes firmadas ali.  

A deputada federal Adriana Accorsi, candidata pelo PT, que tenta chegar pela terceira vez ao Paço Municipal aposta em um plano de governo que visa construir uma Goiânia moderna, sustentável e inclusiva. Seu plano destaca a importância de uma gestão transparente e participativa, com foco na conclusão de obras de grande porte como o Parque Macambira-Anicuns e o BRT.

Outras propostas incluem a criação de 25 novos CMEIs, a instalação de jardins de chuva e a implementação de uma rede de bacias de retenção de água. As palavras mais frequentes em seu documento, como “CUIDAR”, “participação”, “transparência”, “inclusão” e “modernização”, refletem seu compromisso com uma administração voltada para o cuidado com as pessoas e o ambiente urbano.

O ex-deputado estadual Fred Rodrigues, do PL, apresenta um plano focado na eficiência administrativa e na segurança pública. Entre os projetos de destaque, ele propõe a criação da Secretaria de Parceria Público-Privada (PPP), a implementação do programa “Remédio em Casa” para a entrega de medicamentos a idosos e portadores de necessidades especiais, e a ampliação do sistema de videomonitoramento da cidade.

Sua proposta também inclui a criação de unidades da Guarda Civil Metropolitana (GCM), em praças, terminais e “demais locais com alta taxa de violência”. Além do mais, ele pretende desenvolver um orçamento participativo digital, que de acordo com seu plano vai “permitir que os moradores de Goiânia tenham voz ativa na alocação de recursos públicos”. Palavras como “segurança”, “transparência”, “eficiência”, “parceria” e “modernização” são recorrentes em seu plano, destacando suas prioridades.

Entre os principais projetos do ex-deputado federal Sandro Mabel (UB) na disputa ao Paço Municipal, destacam-se a criação da Casa Criativa Goiânia, um hub para empreendedores criativos, a implementação de um marketplace para empresas criativas, e a organização de um Festival Gastronômico com empreendedores locais. Mabel também propõe o fortalecimento das feiras locais e a integração das políticas de turismo com a economia criativa.

Ele divide seu plano de governo em três eixos: Cidade, Cidadão e Gestão, onde distribui todas as suas propostas ao longo das mais de 100 páginas do plano de governo. As palavras mais utilizadas em seu plano, como “criatividade”, “cultura”, “inclusão”, “empreendedorismo” e “desenvolvimento”, evidenciam seu foco em transformar Goiânia em uma referência nacional na economia criativa.

Rogério Cruz, atual prefeito e candidato à reeleição pelo Solidariedade, baseia seu plano na continuidade de sua gestão, com foco em obras estruturantes e modernização da cidade. Seus projetos incluem a restauração de 2 mil km de pavimento urbano, a ampliação do sistema de videomonitoramento e semáforos inteligentes, a criação de um Centro de Operações de Controle de Tráfego e a revitalização do Centro de Goiânia. 

Palavras como “infraestrutura”, “segurança”, “modernização”, “desenvolvimento” e “continuidade” são frequentemente usadas, refletindo seu desejo de dar seguimento às políticas implementadas durante seu mandato.

O senador Vanderlan Cardoso, do PSD, propôs um plano de governo que prioriza o desenvolvimento econômico e a geração de empregos. Entre suas principais propostas estão a modernização da gestão fiscal do município, o fortalecimento das parcerias público-privadas, a criação de um programa municipal de habitação de interesse social, e a promoção da ciência, tecnologia e inovação.

Seu discurso é marcado por termos como “desenvolvimento”, “emprego”, “inovação”, “parcerias” e “gestão”, sublinhando seu compromisso com o crescimento econômico e a eficiência administrativa.

Professor Pantaleão, da Unidade Popular, propõe um plano voltado para a sustentabilidade e a mobilidade urbana. Suas propostas incluem a ampliação das ciclovias, a modernização do sistema de transporte público, a arborização urbana, a recuperação de áreas verdes e a regularização fundiária. Ele promete, inclusive, uma auditoria nos contratos do BRT Norte-Sul e quer criar uma empresa municipal para iniciar estudos para implantação de um metrô na cidade.

Entretanto, erra ao sugerir soluções da Prefeitura para a Metrobus Transportes Coletivos, pois a empresa é de economia mista e tem como sócio majoritário, o Governo de Goiás. Uma de suas propostas mais polêmicas está a retirada de estatuas, nomes de ruas e praças que façam referência a “racistas e fascistas” e garantir “homenagens apenas a defensores do povo”.

Seu discurso é permeado por termos como “sustentabilidade”, “mobilidade”, “saúde”, “infraestrutura” e “justiça”, indicando sua visão de uma Goiânia mais conectada, saudável e socialmente justa.

Por fim, Matheus Ribeiro, do PSDB, que ainda não registrou seu plano de governo, destacou ao Mais Goiás, que está finalizando o documento, o qual está sendo elaborado com o auxílio de uma equipe técnica e com a colaboração de diversas instituições. Matheus promete um plano que não será uma mera formalidade, mas um verdadeiro compromisso com a sociedade, com foco na execução das propostas durante seu mandato.