TUDO CERTO

Policarpo descarta regime de urgência na votação da taxa do lixo em Goiânia

Presidente da Câmara minizou fato da aprovação não ter sido consumada nesta terça-feira (10)

Um dos principais aliados do prefeito eleito Sandro Mabel (UB) na Câmara dos Vereadores, Romário Policarpo (PRD), que preside o Legislativo, avalia que o projeto da taxa do lixo, pode ser debatido com tranquilidade, sem a necessidade de pressa para votação. A declaração foi feita após a sessão desta terça-feira (10), que terminou sem que o projeto fosse colocado em pauta, devido à falta de consenso entre os parlamentares.

“Não tem urgência para votar. Pra que eu vou votar agora? Deixa o povo entender o que está sendo votado. Vai ter sessão semana que vem, tem sessão até depois do Natal. Não tem necessidade dessa urgência toda”, afirmou Policarpo, destacando que o prazo legislativo permite mais tempo para discutir os detalhes da proposta.

A taxa do lixo enfrenta resistência significativa dentro e fora do plenário. Alguns vereadores questionam o impacto financeiro da cobrança sobre os goianienses, enquanto outros apontam falta de clareza nos critérios de arrecadação. Ontem (9), em entrevista coletiva, Mabel reforçou a importância da aprovação e citou uma emenda que pode fornecer descontos de até 75% ao contribuinte. 

Policarpo reforçou que, mesmo sem pressa, a expectativa é que o projeto seja votado ainda em 2024. “Acredito que vai ser votado esse ano, mas não vai ter problema se ficar para o ano que vem. Não tem necessidade de apressar a votação”, afirmou.

Com sessões previstas até o fim de dezembro, o presidente da Câmara destacou a importância de aproveitar o tempo disponível para garantir que vereadores, imprensa e a população compreendam plenamente o impacto e os objetivos da Taxa do Lixo antes de qualquer decisão.

“Agora que a gente está entendendo o que estamos votando. A imprensa também está entendendo, detalhando, mostrando para a cidade o que é. Não tem necessidade de atropelar, votar hoje ou amanhã”, concluiu Policarpo.

A vereadora Kátia Maria (PT), uma das mais críticas ao projeto, sugeriu que o texto, se aprovado em sua forma atual, poderá ser levado à Justiça. “Eu acredito que tem grandes possibilidades de uma judicialização por essa taxa. Da forma como ela está sendo criada, sim”, declarou durante a sessão.