Polícia Civil cumpre mandados em Goiás sobre indícios de fraude em contratos da Saúde do DF
Indícios de fraude em contratos de saúde do DF (Distrito Federal) levaram a Polícia Civil…
Indícios de fraude em contratos de saúde do DF (Distrito Federal) levaram a Polícia Civil a cumprir mandados de busca e apreensão em Goiás nesta quinta-feira (26). Intuito é apurar irregularidades supostamente cometidas pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde (Iges), também do DF.
Ação foi realizada nesta quinta-feira (26) e um dos alvos foi a residência do Secretário de Saúde de Goiás, Ismael Alexandrino, em Goiânia.
A iniciativa investiga contratos firmados em 2018, na área de prestação de serviços de radiologia e imagem, no DF, e que não têm relação com a gestão do governo de Goiás.
Ismael Alexandrino
Ismael Alexandrino foi diretor-presidente do Hospital de Base do Distrito Federal em 2018 e diz ao Mais Goiás que trata-se de investigação sobre o Iges, fundado pela gestão que o sucedeu na presidência da unidade de saúde.
“Fui o último diretor do Hospital de Base antes do Iges assumir. Creio que estejam averiguando os contratos antigos (da época da minha gestão) e também os atuais do Iges”, aponta Ismael Alexandrino.
O secretário está em Brasília para reunião do Conselho Nacional de Secretário de Saúde (Conass) e não acompanhou as buscas.
Na manhã desta quinta-feira (26/08), a Polícia Civil do Distrito Federal realizou visita na casa do secretário de Estado da Saúde de Goiás, Ismael Alexandrino, como parte dos trabalhos da operação Medusa.
A investigação apura fatos sobre o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF), responsável por gerir algumas unidades de saúde no DF, incluindo o Hospital de Base, em que Ismael foi gestor.
O Iges-DF foi criado em 2019, após Ismael Alexandrino ter deixado a gestão do Hospital de Base. Por ter sido o gestor que antecedeu a criação do Instituto, é provável que ele seja ouvido.
Durante a visita, foram levados apenas um pendrive (dispositivo no qual Ismael Alexandrino arquiva suas aulas) e uma espingarda antiga, que pertencia a seu falecido pai e é guardada como relíquia de família.
Até o momento, o secretário não foi acionado para prestar esclarecimentos. Entretanto, segue disponível para colaborar com as investigações no que for de seu conhecimento.
Em nota, Ismael Alexandrino esclarece que, em 14 anos de exercício da medicina, da docência e de cargos como gestor público, jamais esteve envolvido em qualquer tipo de investigação. “Diante deste fato, e como o maior interessado em resguardar sua reputação, construída ao longo de uma vida de dedicação profissional e honestidade, está à disposição das autoridades para prestar todos os esclarecimentos necessários”.
Indícios de fraude em contratos da saúde do DF
Ao todo a Polícia Civil cumpriu oito mandados de busca e apreensão no Distrito Federal e em Goiânia, quatro dos quais em Goiânia.
A Operação Medusa aponta que houve contratos com problemas na elaboração de elementos técnicos de atos convocatórios. O que teria propiciado gastos superiores e aparente direcionamento do processo seletivo à empresa contratada.