Eleições

Polícia não consegue fazer prefeito em Goiânia

A duas semanas da eleição, Delegado Waldir (PR) e Adriana Accorsi (PT) dão sinais de que vão disputar o terceiro lugar na disputa.

Os delegados fracassaram na campanha para a prefeitura de Goiânia. Culpa do marketing e de avaliações. A duas semanas da eleição, Delegado Waldir (PR) e Adriana Accorsi (PT) dão sinais de que vão disputar o terceiro lugar na disputa.

Adriana desenvolveu estratégia eleitoral correta. Escondeu os problemas. A estrela vermelha do PT aparece quase sumida, o 13 descaracterizado e o prefeito Paulo Garcia, mal avaliado, não aparece pedindo voto. Tudo em nome de manter a tradição dos 30% que o PT sempre teve em Goiânia. O problema é que o eleitor é outro e a imagem do PT é outra. A campanha de Adriana esconde até a gestão do pai, Darci Accorsi, e dexia de tirar proveita de avanços que a atual gestão teve, especialmente na proposta de sustentabilidade. Adriana ficou sem discurso. E isso é fatal para uma campanha majoritária.

Delegado Waldir não é o super-homem que acha ser, depois da maravilhosa eleição para deputado federal. O recall dele é interessante, mas uma campanha majoritária exige uma postura diferente, acima de tudo conciliadora. Delegado Waldir saiu atirando no PSDB, seu partido anterior, mas não construiu uma base para a sua candidatura. A ponto de perder o vice, Zacharias Calil, no meio das articulações. Waldir ainda não entendeu como conseguiu a votação esmagadora de 2014. Não foi por ele. Foi, acima de tudo, pelos eleitores.

A preocupação com a segurança não saiu da cabeça desse mesmo eleitor. Aqui, o problema é que a saúde aparece mais forte. E temos um eleitor mais atento. Só segurança é pouco para uma plataforma de campanha. Educação, geração de emprego, impostos, trânstito, transporte, meio ambiente estão na pauta obrigatória.

A segurança, em determinado momento, era um mantra. Deveria ter sido encarada como ponto de partida, nunca como ponto de chegada. Também por isso, os delegados estão fracassando nas urnas. O consolo, para eles, é que pode ficar na cabeça desse mesmo eleitor uma boa lembrança para 2018.