Policiais assinam manifesto pela democracia e antifascismo
Mais de 500 policiais brasileiros assinaram um manifesto pela democracia e contra o fascismo. O…
Mais de 500 policiais brasileiros assinaram um manifesto pela democracia e contra o fascismo. O documento inclui assinaturas de agentes das forças públicas do País Civil, Militar, Municipal, Estadual e Federal.
O texto é iniciativa do Movimento dos Policias Antifascismo, que é de caráter nacional, mas que em Goiás tem como coordenador o policial rodoviário federal Fabrício Rosa. Segundo ele, o manifesto surge em um contexto de avanço de práticas próximas ao fascismo histórico, como censura da arte, utilização de forças policiais como forma de repressão a determinado lado e escalada do autoritarismo. “Além de negacionismo histórico, fundamentalismo, antiacademicismo, etc.”
Fabrício diz, ainda, que o grupo achou o momento importante para mostrar, também, que a polícia “não é uma pedra monolítica de um lado só. Para mostrar para a sociedade que existem nas forças de segurança pública pessoas que são progressistas e que não concordam com os diversos tipos de preconceito (racismo, a misoginia, a LGBTfobia, etc.)”.
Manifesto
Ainda colhendo assinaturas, o documento é feito para a sociedade, mas será entregue a autoridades dos três poderes. Em trecho do texto, é dito que “a estratégia de avanço do projeto fascista no país é ampla. Mobilizam a intolerância e o ódio aos movimentos de esquerda nas ruas e nas instituições da República. Os esforços visando o aparelhamento e o comando da polícia federal e da Procuradoria Geral da República confirmam isso”.
E ainda: “O que se apresenta neste momento, como uma ameaça singular, é a institucionalização e o avanço destes mecanismos de controle e repressão, que pretendem afastar toda e qualquer forma de oposição ao modelo político-jurídico-econômico neoliberal. Não podemos esquecer que, ao assumir a Presidência da República, Jair Bolsonaro afirmou que iria ‘banir toda a forma de ativismo em nosso país’. Essa é a orientação dos gabinetes do ódio, que transformam as fake news em instrumentos de perseguição política.”
No manifesto, o grupo afirma que o trabalhador policial deve se colocar ao lado dos demais trabalhadores no enfrentamento ao fascismo. “Afinal, o projeto fascista em nosso país é um projeto de avanço no ataque aos direitos conquistados pelos trabalhadores. Essa ofensiva atinge diretamente os policiais, apontando cada vez mais para a privatização da segurança e para o aumento da precarização do seu trabalho.” O documento complementa ao dizer que os números de suicídios entre policiais são somente o sintoma das péssimas condições a que estão submetidos os trabalhadores do sistema de segurança pública em nosso país.
O manifesto pode ser conferido, na íntegra, AQUI.