POLÊMICA

Políticos goianos criticam filme de Danilo Gentili por “apologia à pedofilia”

Deputados e vereadores usaram as redes sociais para criticar o longa-metragem que está disponível em uma plataforma de streaming

Fábio Porchat em 'Como Ser o Pior Aluno da Escola' (Foto: Reprodução - Redes Sociais)

Deputados e vereadores goianos entraram na onda de internautas e criticaram a comédia Como se Tornar o Pior Aluno da Escola, de 2017, com Danilo Gentili e Fábio Porchat por “apologia à pedofilia”. O longa-metragem está disponível em uma plataforma de streaming.

O deputado federal Francisco Jr (PSD), que é presidente da Frente Parlamentar Católica no Congresso Nacional, postou repúdio e descreve cenas em que um personagem tenta seduzir um garoto de 14 anos.

“Há claramente um induzimento à prática de atos sexuais entre um adulto e uma criança menor de 14 anos (…), e uma certa normalização dos atos”, publicou o político.

O parlamentar solicitou investigação e alteração da classificação indicativa do filme.

 

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Do mesmo modo, o deputado estadual Humberto Teófilo (sem partido) também aproveitou o movimento iniciado pelo secretário de Cultura Mário Frias para mobilizar suas bases.

“Atenção pais e mães, vigiem e tomem cuidado com o que seus filhos assistem. Estão tentando de todas as formas destruírem a nossa família, destruírem a inocência de nossas crianças”, escreveu. Ele diz que irá apresentar moção de repúdio contra a empresa de streaming e a produtora do filme.

Vereadores também manifestaram repúdio

Vereadores de Goiânia também pegaram carona na polêmica. Thialu Guitoti (Avante) chamou o filme de “imundice” e conclamou os eleitores a proteger “as nossas famílias desse tipo de abuso”.

 

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Ronilson Reis (Podemos) citou o artigo 241 do Estatudo da Criança e Adolescente e taxou a cena de crime. “Jamais aceitaremos a indústria da promoção à pedofilia”, pontuou.

Polêmica teve início a partir de manifestação de secretário da cultura

Na noite de domingo (13), o secretário especial da Cultura, Mario Frias, disse que o longa-metragem faz apologia do abuso sexual infantil. Logo depois o ministro da Justiça, Anderson Torres, afirmou que viu “detalhes asquerosos” no filme de Porchat e Gentili.

Na cena, o personagem de Porchat instiga dois garotos menores de idade a se masturbarem. As crianças, no entanto, negam o pedido.

Porchat se defendeu dizendo que se trata de um vilão e por isso faz coisas horríveis. “O vilão pode ser um nazista, um racista, um pedófilo, um agressor, pode matar e torturar as pessoas”, afirmou o humorista.