Por liminar, Kowalsky do Carmo volta à presidência do PV Goiânia
Afastado por Cristiano Cunha, ele afirma que partido não caminha com o PSDB e que Leonardo Rizzo disputa as convenções como pré-candidato à prefeitura da capital
Afastado da presidência do diretório metropolitano do PV pelo presidente estadual Cristiano Cunha, Kowalsky do Carmo Costa Ribeiro recuperou o cargo por meio de uma tutela cautelar, nesta terça-feira (12). Na medida, o líder do partido em Goiânia explicou que a decisão de Cunha foi tomada de forma unilateral no fim de abril, o que estava fora do estatuto da sigla.
“O dirigente do Partido Verde, após o prazo final de filiações alterou a composição da direção municipal do referido partido em Goiânia, de maneira unilateral, sem obedecer regras partidárias esculpidas no Estatudo do Partido Verde”, resume o texto do juiz William Costa Mello e continua: “Diante do atual cenário de calamidade pública, a medida cabível é a suspensão do ato do Presidente do Partido Verde.”
Kowalsky explica que foi pego de surpresa por entrevista de Cristiano Cunha ao Mais Goiás, na qual o presidente estadual dizia que conversava com PSDB e Cidadania, e que não descartava compor com alguma dessas siglas no pleito deste ano. “O PV sempre caminhou com o MDB”, declarou.
Segundo ele, após conversar com Cunha e o mesmo reafirmar o posicionamento, ele acabou por ser destituído de forma unilateral. “Então o juiz me deu a tutela e, hoje, sou [novamente] o presidente municipal.”
Aliança
Segundo Kowalsky, o PV Goiânia não caminha com o PSDB. “E, o presidente Estadual comanda o Estadual. Em Goiânia, o Diretório da Capital seguirá seu caminho natural”, reforça Kowalsky. Inclusive, ele afirma que a própria chapa citada Cunha é ligada ao prefeito Iris Rezende (MDB). Na época, Cristiano mencionou como pré-candidato à Câmara de Goiânia o ex-vereador Fernando Jorge, que também foi presidente do diretório estadual do PTB; César Nanini, que teve 1.690 votos no último pleito; Carlos da Saúde, que teve 1.400; além da conselheira tutelar Ana Machado; o conselheiro do Goiás, Roberto Gomes; e outros mais
Ainda conforme relatado por Kowalsky, o pré-candidato do diretório de Goiânia é Leonardo Rizzo. Cristiano Cunha também é, então ambos devem disputar a chance de pleitear o paço da capital nas convenções.
Apesar disso, o presidente do PV Goiânia afirma que, caso não seja possível viabilizar Rizzo, a sigla deve caminhar junto com Iris Rezende ou Maguito Vilela, se ele for a escolha do MDB. Para vice nesta chapa, o apoio e o desejo da sigla é pelo presidente da Câmara, Romário Policarpo (Patriota). “Apoiamos Romário. PV, Patriota e Avante. Seja com Iris ou Maguito”, diz Kowalsky.
Sobre Maguito, ele diz que Iris deve ser o candidato. Mas mesmo que não seja, o ex-governador e ex-prefeito de Aparecida se mantém reservado para não ser “acusado de promover a aposentadoria de Iris”. Além disso, ele cita que o atual prefeito de Goiânia participou da articulação para montar a chapa de vereadores do MDB, o que pode ser um indicativo. “E conta com dez vereadores.”