Pré-candidata sugere adiamento da votação do Plano Diretor de Goiânia
Maria Ester entende que Câmara Municipal poderia se concentrar em questões relativas à Covid-19
A pré-candidata a prefeita de Goiânia pelo partido Rede Sustentabilidade, a arquiteta Maria Ester Souza, defende o adiamento da votação do projeto de atualização do Plano Diretor na Câmara Municipal. Para Ester, o debate virtual – o único possível durante a pandemia – é insuficiente para esgotar o assunto. O projeto deve ser votado no Legislativo da capital no mês de agosto.
Maria Ester – que acompanha a tramitação do Plano Diretor desde que foi formatado pelos técnicos da Prefeitura de Goiânia até o envio dele à Câmara Municipal, em julho do ano passado – argumenta que a dificuldade para se promover um debate sobre o assunto no ambiente virtual é ainda maior do que a dificuldade para que se realize uma discussão virtual. Pela internet, diz a pré-candidata, as pessoas ficam inibidas.
“O que entendo deste assunto é que o momento seria de pausar esse debate e não fazer de forma virtual. Ele é excludente por um lado, e ele fica fechado em gabinete. O debate sobre o Plano Diretor já é muito difícil fazer de forma presencial, fechado assim durante a pandemia, isso piora muito e prejudica bastante quem não conhece do assunto em participar, primeiro por causa de uma situação de exclusão digital mesmo”, destacou.
Ester avalia que há pouca convergência sobre o assunto. Afirma que, durante o período de quase quatro anos, foram praticamente as mesmas pessoas que discutiram temas relativos ao projeto e não se chegou a consenso na maioria dos pontos. Para a pré-candidata, o Plano Diretor deveria ser mais participativo e a Câmara deveria acolher recomendação do Ministério Público para paralisar o debate.
A pré-candidata diz que o Plano Diretor é muito importante, mas que, neste momento, os vereadores deveriam voltar atenção para os problemas relativos à pandemia da Covid-19.
“O ideal é que o Plano fosse menos fechado, mais participativo. Eu acataria a recomendação do Ministério Público, de dar uma pausa e a Câmara voltasse para assuntos mais urgentes, como as mortes pelo vírus, o problema do transporte, porque a Câmara não debate esse assunto e o Plano Diretor seria um assunto para discutirmos depois”, explica.
Nesta terça-feira, termina o prazo de entrega dos relatórios das subcomissões e o prazo para o relatório final de autoria do vereador Cabo Sena (Patriota) para 31 de julho. Mais duas audiências públicas estão previstas para os próximos dias, sendo a primeira no CREA-GO está na quinta-feira (23) e na OAB-GO no dia 27.