Prefeito de Goianésia diz que não há elementos para cassação da chapa
Parecer do Ministério Público Eleitoral (MPE) aponta que houve abuso de poder econômico pela chapa do prefeito
O prefeito de Goianésia, Leonardo Menezes (DEM), disse que não há elementos para a cassação da chapa vencedora da eleição de 2018 na cidade. A manifestação ocorre em resposta ao parecer do Ministério Público Eleitoral (MPE) que aponta que houve abuso de poder econômico pela chapa durante o pleito. O órgão pediu a cassação do prefeito e do vice, João Pedro Almeida.
“Em Goianésia, a decisão do judiciário foi aplicação apenas de multa eleitoral. Respeitamos o posicionamento do MPE, mas estamos confiantes de que não tem elementos de fato para a cassação e estamos trabalhando pra isso”, afirmou o prefeito ao Mais Goiás.
Leonardo Menezes diz, ainda, que houve outro parecer semelhante do Ministério Público Eleitoral, mas que foi julgado improcedente pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
“Será julgado no TRE e confiamos em uma decisão favorável para nós”, pontua. “[Na outra ocasião], obtivemos de forma unânime do plenário do TRE posicionamento para manutenção do nosso mandato. Estamos à disposição e acredito na Justiça e no nosso trabalho”, reforça.
MPE pediu cassação do prefeito e vice-prefeito de Goianésia
O MPE deu parecer apontando que houve abuso do poder econômico na eleição municipal em Goianésia por parte da chapa do prefeito eleito. O procurador-regional eleitoral, Célio Vieira da Silva, manifestou pela cassação dos diplomas do prefeito de Goianésia, Leonardo Menezes, e de seu vice, João Pedro Almeida, além da inelegibilidade dos dois e do ex-prefeito Renato de Castro pelo prazo de 8 anos, a contar das eleições de 2020.
A ação é movida pela Coligação Unidos por Goianésia, capitaneada pelo MDB, e elenca entre as provas vídeos gravados em uma unidade de pronto atendimento (UPA) em Saúde.
O procurador eleitoral entendeu que as provas demonstram que “o (então) prefeito Renato de Castro, ao lado de seus secretários municipais, fez discurso político com pedido expresso de voto aos candidatos Leonardo Menezes e João Pedro Almeida Ribeiro (DEM), acompanhado de jingle da campanha e logotipo”.
No parecer do MPE, o promotor também aponta que houve associação de nome na campanha, o que é eleitoralmente ilegal.