CURRÌCULO DE NAÇOITAN

Prefeito de Iporá, procurado por atirar contra a ex-mulher, já teve mandato cassado e foi expulso do União Brasil

Naçoitan Leite foi acusado de fazer em primeiro de setembro de 2016, sobrevoar com um helicóptero e espalhar panfletos difamatórios

Prefeito afastado de Iporá (GO), Naçoitan Araújo Leite (Foto divulgação redes sociais).

O prefeito de Iporá Naçoitan Leite (sem partido), procurado pela polícia após invadir a casa da ex-mulher e disparar pelo menos 15 tiros contra a porta do quarto dela, já teve perdeu o mandato por abuso de poder econômico e gastos ilícitos em 2020. No entanto, teve o mandato reestabelecido após decisão liminar do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Naçoitan Leite foi acusado de fazer em primeiro de setembro de 2016, sobrevoar Iporá com um helicóptero e espalhar panfletos difamatórios contra um dos candidatos que estavam na disputa. O prefeito foi condenado em duas instâncias, antes do processo chegar ao TSE, que acabou revertendo a decisão.

Naçoitan Leite já chamou Caiado de ditador, mas recuou

Ainda em 2020 chegou a chamar o governador Ronaldo Caiado (UB) de ditador após medidas do governo estadual para conter a proliferação da Covid-19 em Goiás, mas pediu desculpas e se reaproximou do chefe do Executivo estadual.

Em 2022, o presidente nacional do União Brasil, Luciano Bivar, suspendeu a filiação do prefeito Naçoitan Leite após falas golpistas que viralizaram nas redes sociais. O gestor do município do Oeste goiano chega a dizer que o presidente eleito Lula (PT) e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, deveriam ser “eliminados”. Em novo áudio, ele pediu desculpas.

Prefeito de Iporá atirou 15 vezes contra ex-mulher

Naçoitan Leite invadiu a casa e atirar 15 vezes contra o quarto em que a ex-mulher dele e o atual namorado dela estavam. O crime ocorreu na madrugada de sábado (18).

Os policiais realizaram buscas na casa e fazenda de Naçoitan em cumprimento a mandado de prisão preventiva expedido pela Justiça. A defesa do prefeito chegou a pedir habeas corpus, mas teve o pedido negado pelo desembargador Anderson Máximo de Holanda, no último domingo (19).

O delegado Ramon Queiroz, responsável pelo caso, aponta que as buscas também tiveram a intenção de encontrar a arma utilizada no crime. O investigador ainda informa que, após o crime, houve o furto de um aparelho de DVR (utilizado para gravar, armazenar e reproduzir imagens em sistemas de monitoramento) da casa da vítima.