TSE

Prefeito de Itapirapuã é condenado a devolver dinheiro usado na campanha

PL utilizou parte de recursos do Fundo Eleitoral nas candidaturas, mas, outra parte foi repassada em doação estimada para cargo de vereador

Prefeito de Itapirapuã, Erivaldo Alexandre da Silva (Foto: Reprodução - Instagram)

O plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), decidiu, por unanimidade, que o prefeito de Itapirapuã, Erivaldo Alexandre da Silva (PL), eleito em 2020, deverá devolver ao Tesouro Nacional os valores repassados irregularmente do Fundo Especial de Financiamento de Campanha a candidaturas de outros partidos que disputavam as eleições proporcionais para vereador no município.

A decisão aconteceu no julgamento do recurso do Ministério Público Eleitoral contra determinação do acórdão do Tribunal Regional de Goiás (TRE-GO), em sessão realizada na quinta-feira (30).

O ministro do TSE, Mauro Campbell Marques, apontou que os recursos oriundos do fundo devem ser aplicados pelo partido no financiamento das campanhas eleitorais dos seus próprios candidatos e dos candidatos da coligação pela qual participam para o cargo eletivo disputado em aliança.

“Embora o PL e os outros nove partidos tenham se coligado para a disputa dos cargos de prefeito e vice-prefeito, a inexistência de candidatura em coligação entre eles para os cargos de vereador na circunscrição faz incidir a vedação à distribuição de recursos do fundo para os candidatos à Câmara Municipal e de filiados a outros partidos que formaram a coligação para o cargo majoritário”, ressaltou

Entenda

Durante as eleições 2020, o Partido Liberal (PL), formou, com outros nove partidos, a Coligação ‘Juntos Somos Mais Fortes” no município. Juntos, eles lançaram a candidatura de Erivaldo e Valdenesia Antonia dos Santos, filiados ao PL e ao MDB, para os cargos de prefeito e vice-prefeito.

Segundo o Ministério Público Eleitoral, o PL utilizou parte de recursos do Fundo Eleitoral nas candidaturas, mas, outra parte foi repassada em doação estimada para o pagamento de serviços jurídicos para o cargo de vereador aos partidos que formaram a coligação para o cargo majoritário. O que foi considerado irregular pelo tribunal.

O Mais Goiás entrou em contato com o prefeito Erivelton e aguarda manifestação.