Prefeito de Luziânia diz que acusação de abuso sexual é armação política
Depois de ter sido acusado de abusar sexualmente de uma servidora efetiva da prefeitura de…
Depois de ter sido acusado de abusar sexualmente de uma servidora efetiva da prefeitura de Luziânia, o chefe do executivo municipal, Cristóvão Tormin (PSD) usou as redes sociais para se pronunciar acerca do caso. Segundo o político, acusação não é verdadeira e faz parte de armação política. Prefeito chegou a registrar boletim de ocorrência de falsa comunicação de crime. O Ministério Público de Goiás (MP-GO) investiga o caso.
Em vídeo publicado nas redes sociais, Tormin afirma que meses antes de a servidora o acusar de abuso sexual, ele teria sido alertado que pessoas ligadas a um deputado estadual, um vereador e um candidato a prefeito derrotado na última eleição iriam depor contra o político. Os nomes dos políticos, no entanto, não foram revelados. Confira o vídeo abaixo:
“Não acreditei em um primeiro momento. Não achei que chegaria a tanto. Infelizmente estão passando dos limites”, disse. De acordo com ele, diante das reiteradas ameaças decidiu registrar boletim de ocorrência de falsa comunicação de crime.
“O que me causa muita estranheza é que só agora vem com essas acusações, aproximando-se de um período eleitoral. Tanto a Justiça, quanto o MP e a Polícia Civil vão averiguar essa questão”. Tormin disse ainda que tudo será esclarecido e que “essa grande armação será esclarecida e as pessoas serão punidas”.
No vídeo, o prefeito ainda pediu desculpas à família. “Quero pedir desculpa à minha família porque a família de um político sofre muito com essas acusações, maldades e leviandades daqueles que não têm escrúpulos e não medem ações na busca incessante pelo poder”.
Acusação
Uma servidora concursada da prefeitura de Luziânia teria sido abusada pelo prefeito da cidade por três vezes, entre os anos de 2016 e 2018. As denúncias apontam que as investidas Cristóvão Tormin (PSD) aconteciam dentro do gabinete, quando a servidora o procurava para falar sobre uma gratificação.
De acordo com a denúncia, o primeiro caso aconteceu em 2016. A servidora foi ao gabinete do prefeito, que abraçou, beijou a boca e tocou os seios da vítima. Os outros dois abusos aconteceram em 2017 e 2018, sempre no mesmo local. Tormim teria dito à funcionária que, se ela saísse com ele, receberia a gratificação. A mulher afirma que recusou todas as propostas.
Existem indícios de que outras sete mulheres denunciaram o prefeito por assédio, entretanto, a PC afirmou que não recebeu denúncias. O MP-GO investiga o caso em sigilo para preservar as vítimas.