Prefeitos da região metropolitana queriam paralisação dos ônibus, diz Mendanha
Líder do Executivo de Aparecida afirma que gestores recuaram após argumentação do governador e do procurador-geral do Estado
No Podcast Poder em Jogo, do Mais Goiás – na última sexta (19), o prefeito Gustavo Mendanha (MDB) afirmou que maioria dos prefeitos da região metropolitana queria paralisar o transporte coletivo na grande Goiânia, antes da prorrogação do primeiro decreto de isolamento. Contudo, os gestores não colocaram a questão em votação durante a reunião para debater a pandemia, no começo do mês, após argumentos do procurador-geral do Estado, Aylton Vechi, do governador Ronaldo Caiado (DEM) e outras autoridades.
“A maioria absoluta dos prefeitos era favorável ao fechamento do transporte. Por conta da fala do procurador-geral, do governador, que o transporte garantia o direito das pessoas se deslocarem na região metropolitana e que nós traríamos um prejuízo muito grande para aqueles que trabalham no serviço essencial, ficamos constrangidos de fazer a votação [pela paralisação]”, explicou.
Vale lembrar, a paralisação dos ônibus era demanda da Federação do Comércio de Goiás (Fecomércio) e que foi endossada por maior dos prefeitos da região. Gustavo explicou, então, que os prefeitos não quiseram “politizar, polemizar” e preferiram seguir a orientação do governo.
“[Mas] Eu concordo que o transporte público é um dos grandes problemas, que traz aglomeração”, ponderou. “Em Aparecida, inclusive, já forma mais de 70 notificações para as companhias que gerem o transporte da cidade.”
Reunião
A reunião, ocorrida em 6 de março, um sábado, contou com a presença de prefeitos da região metropolitana, o governador Ronaldo Caiado, o procurador Aylton Vecchi, além membros do Ministério Público, Defensoria Pública e Tribunal de Contas. Todos se manifestaram contra parar o transporte coletivo.
À épca, o procurador-geral disse que se os ônibus estavam cheios porque o comércio não respeitava os decretos dos municípios. Segundo ele, muitos comerciantes operavam a “meia porta”. No domingo, 7, foi prorrogado, então, o decreto com medidas restritivas de uma semana antes, com algumas alterações, menos flexíveis.