Rogério Cruz defende secretários, não teme impeachment e minimiza impacto político após operação

Um dia após a operação contra corrupção deflagrada pela Polícia Civil para investigar irregularidades em órgãos da Prefeitura de Goiânia, o prefeito Rogério Cruz (Republicanos) mediu os impactos políticos da apuração na sua administração, saiu em defesa de secretários investigados e disse que não teme novas investidas da oposição em um eventual pedido de impeachment contra sua gestão. A declaração foi dada em coletiva de imprensa na manhã desta quinta-feira (21/3).

Rogério Cruz indicou que não há preocupação com os impactos da investigação na administração e disse que trata-se de um problema momentâneo. “Impactos políticos são de momento. Vivemos um momento que atinge muitas pessoas. Trata-se de primeiro escalão e servidores da Prefeitura. Mas são forças políticas que vêm e entram. Tudo é feito politicamente falando”, destacou após questionamento feito pelo Mais Goiás. 

Cruz afasta temor de impeachment após operação contra corrupção na prefeitura de Goiânia

O prefeito completou, demonstrando serenidade quanto ao processo. “Estamos tranquilos, nós recebemos essa ação com tranquilidade e transparência e com o respeito que sabemos que a Polícia faz e pode fazer em qualquer lugar como já foi feito outras vezes até na Prefeitura de Goiânia”, salientou.

Ele também pontuou que não há temor por novas investidas de impeachment contra sua gestão. “Não, quando se fala em impeachment tem de ter justificativa e não houve justificativa”, pontuou.

Rogério Cruz sai em defesa de secretários investigados

O prefeito também saiu em defesa de dois dos secretários alvos da operação. Denes Pereira que está à frente da Secretaria de Infraestrutura, mas já passou pela Administração e pelo presidente da Agência Municipal de Meio Ambiente (AMMA), Luan Alves. Ele também citou o nome do agora ex-presidente da Comurg, Alisson Borges, que entregou sua carta de exoneração no fim da quarta-feira (20). Com exceção do último, o tom do gestor foi de defesa.

Quanto à Denes, Rogério disse que não encontraram nada em todo o escrutínio. “Ele entregou o celular com liberação de senha, inclusive. No mesmo instante observaram e devolveram o celular. Quando estiveram na Seinfra, não encontraram nada. Não levaram nenhum processo, nenhum documento”, explicou. 

Também chegaram a vasculhar dois pen-drives de Denes, na secretaria de Infraestrutura, um computador que segundo o gestor o secretário usava para fazer reuniões por videoconferência e um ipad. “Até agora não há nenhuma manifestação contrária pela PC”, salientou.

Já Luan, Rogério pontuou que o secretário conseguiu justificar a origem das armas encontradas na sua residência. “Encontraram todos os registros. Não foi conduzido a delegacia, lá mesmo confirmaram os registros e liberaram as armas”, pontuou.

Rogério também destacou que Luan irá conseguir justificar os R$ 50 mil em espécie encontrados em sua residência. “Ele vai apresentar a Polícia Civil pois está declarado no seu Imposto de Renda e pode ficar na sua casa como qualquer um de nós podemos fazer. Acredito que até aí tudo está em ordem e não há problemas”, destacou.

Rogério se esquiva de defesa ao ex-presidente da Comurg

O único que Rogério Cruz não defendeu foi Alisson Borges, que já entregou o cargo. “A questão que nós mais citamos foi a do presidente da Comurg que foi encontrado um maior número de valor em sua casa e ainda não teve justificação. Ele diz que vai justificar à Polícia Civil e da nossa parte estaremos aptos para responder e contribuir com a Polícia Civil”, pontuou.