Eleições

Presidência para os mesmos

O voto de renovação esteve presente nas eleições municipais. Para a presidência, até agora, mais dos mesmos.

Faltam menos de dois anos para a próxima eleição presidencial. Claro, há tempo para reorganização das forças políticas. Afinal de contas, tivemos o recente impeachment da presidente Dilma Rousseff. É preciso um tempo para acomodação. O que mais preocupa é que não há nada de novo no front.

A começar pelo próprio PT. Depois de acusar a mídia, o golpe, os coxinhas e os antigos aliados, o partido parece ser incapaz de apontar uma nova direção. A aposta é quase um milagre. Que Lula vai recuperar pelo menos um pouco do seu prestígio e poderá, aos 73 anos, elvar o partido novamente ao topo. Nem Lula parece acreditar nisso, hoje.

O PSDB vê a corrente paulista sair fortalecida. Com a derrota em Belo Horizonte, Aécio Neves está pressionado. Principalmente por Geraldo Alckmin, com vitórias em São Paulo, Ribeirão Preto, Santo André e São Bernardo do Campo, levando os tucanos a fazer o contraponto com os petistas no maior colégio eleitoral do país. Alckmin está melhor posicionado no momento. Ele, que já tentou e perdeu uma eleição para Lula. O PSDB venceu em mais de 800 municípios brasileiros. É o partido campeão das prefeituras.

O segundo maior vitorioso das eleições municipais é o PMDB, que continua sendo uma grande federação de interesses regionais. É claro que a sua opção natural para 2018 é o presdiente Michel Temer. Embora tenha feito compromisso em se candidatar à reeleição, está dependendo de uma bola. Ela será lançada na economia, tendo que dar resultados a partir do ano que vem. Se conseguir vislumbrar um futuro melhor para o país, passa a ser o nome. Fora dele, o PMDB não tem consenso, nem dentro nem fora da sigla.

Fora dos grandes partidos, apenas possibilidades, que não chegam a ser novidade. Marina Silva, mesmo com o desempenho pífio da sua Rede Sustentabilidade, e Ciro Gomes, pelo PDT são os outros nomes colocados. Até mesmo o senador Ronaldo Caiado (DEM), lembrado para ser candidato a pelo menos vice, já tentou uma vez a presidência, em 1989.

Nenhum deles empolga. Vão enfrentar, além dos adversário, um eleitor apático, decepcionado e que quer ter de volta uma esperança, que ainda não sabe qual é. Mais tempos difíceis para a classe polítca nos próximos meses. Ah, e todos eles tem que torcer para estar fora de qualquer novo escândalo de corrupção no país.