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Presidente da CPI da Covid diz que PGR não vai engavetar relatório

“Hoje é de conhecimento público: não dá para engavetar isso."

Presidente da CPI da Covid diz que PGR não vai engavetar relatório (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

Será “impossível” o procurador-geral da República, Augusto Aras, engavetar o relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19. A afirmativa foi feita nesta segunda (4) pelo presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM).

Segundo ele, mais o parecer deve pedir, pelo menos, o indiciamento de 30 investigados.

“Hoje é de conhecimento público: não dá para engavetar isso. Não dá para jogar debaixo da gaveta. Não tem como. São 600 mil vidas que se perderam“, declarou à Rádio Bandeirantes.

“Essas coisas todas não há como segurar. Nenhum governo é eterno e isso não prescreve. São 600 mil vidas, milhões de brasileiros sequelados e pessoas que deixaram crianças órfãs”, disse, ainda, ao reforçar que as cobranças serão diárias.

O relatório deve ser apresentado em 19 de outubro. A votação está prevista para o dia seguinte.

Relatório de Renan Calheiros

Segundo Renan Calheiros, o relatório da CPI da Covid está quase pronto. “Tão logo nós tenhamos o último depoimento, o presidente da CPI vai marcar o dia para que nós apresentemos o relatório”, disse nesta terça (28).

E ainda: “Relatório está praticamente pronto, nós vamos acrescentar alguns fatos em função de novas etapas da investigação, mas nós estamos prontos a qualquer momento para apresentá-lo.” O prazo para finalizar os trabalhos do colegiado é 4 de novembro.

Em entrevista ao O Globo, há cerca de duas semanas, Calheiros adiantou que irá pedir o indiciamento do presidente Bolsonaro (sem partido) por prevaricação no parecer de seu relatório na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, no Senado. O motivo é que o gestor federal não levou aos órgãos de de investigação a denúncia sobre irregularidades na negociação para a compra da vacina indiana Covaxin pelo Ministério da Saúde.

Ele ainda deve incluir práticas que caracterizam crime de responsabilidade. “Gabinete paralelo (profissionais que assessoravam informalmente o presidente sobre temas ligados à Covid-19), imunidade de rebanho (tese de que uma grande parcela de população precisa ser contaminada para a pandemia chegar ao fim), bloqueio às vacinas e prevaricação (omissão diante de indícios de ilegalidades). Essas coisas todas estarão contidas no relatório”, disse o relator, no último dia 17.

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