Presidente do PSDB diz que saída de vereadores não altera planos do partido
Dra Cristina trocará o PSDB pelo PL. Já Anselmo Pereira pode voltar ao MDB
O Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) pode ficar sem nenhum vereador na Câmara de Goiânia, informação já adiantada pelo Mais Goiás na semana passada. Dra Cristina irá para o Partido Liberal (PL). Anselmo Pereira cogita deixar o partido e pode voltar ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB). Questionado sobre o assunto, o presidente do diretório do PSDB de Goiânia, Eurípedes Jerônimo, diz que lamenta a saída dos parlamentares, mas que isso não altera os planos da legenda.
Eurípedes Jerônimo disse que os vereadores não têm respeitado o programa do partido e agido de forma independente. “Sinceramente, para nós é ruim perder dois parlamentares. Estive conversando com ele (Anselmo) e está preocupado com a questão de chapa. Com a Cristina a situação está praticamente consumada. Para nós não altera, pois os vereadores não têm seguido o programa do partido, têm agido de maneira independente”, declarou o presidente ao Mais Goiás.
O dirigente citou a questão do empréstimo de R$ 780 milhões contraído pela Prefeitura de Goiânia junto à Caixa Econômica Federal. A autorização foi concedida pela Câmara ainda no ano passado. Segundo Eurípedes, a orientação era para que os vereadores do PSDB votassem contra a matéria, com o argumento de ser uma dívida de valor elevado e que ficará para os próximos gestores pagarem.
Formação de chapa
O presidente do PSDB ainda espera convencer Anselmo Pereira a permanecer no partido. O objetivo é lançar 52 candidatos a vereador em Goiânia e a meta de eleger pelo menos seis. Anselmo Pereira teme que haja a necessidade de um teto muito alto para se obter votos e ainda assim não conseguir ser eleito.
Para se ter ideia, nas eleições de 2016, o PSDB teve como primeiro suplente, o deputado estadual Cairo Salim, hoje filiado ao PROS. À época ele teve mais de 6 mil votos, mas não foi eleito, mesmo tendo mais votos do que parlamentares de outras legendas. Vários foram eleitos na ocasião, com menos de 3 mil votos.
Eurípedes Jerônimo avalia que a recente legislação, que permite filiação até seis meses antes da eleição, prejudica a formação de chapas, pois há “um balcão de negócios”. O presidente diz que o partido trabalha para atrair bons nomes, visando a uma disputa competitiva na Câmara Municipal.