Presidente do PV Goiás e deputado disputam candidatura pelo partido em Goiânia
Cristiano Cunha, presidente estadual do Partido Verde (PV), disse ao Mais Goiás que ele deve…
Cristiano Cunha, presidente estadual do Partido Verde (PV), disse ao Mais Goiás que ele deve ser o candidato do partido à Prefeitura de Goiânia. Ele, inclusive, deve lançar o nome no mês de março em evento programado pela legenda. Vale lembrar que, no passado, o deputado delegado Eduardo Prado (PV) já tinha manifestado interesse em disputar o paço municipal, mas o dirigente diz que a “candidatura é inviável, pois não tem apoio dos diretórios: estadual e federal”, sendo que ele teria esse apoio.
Segundo Cunha, Eduardo não tem conversado com ele e tem realizado ações sem consultar os dirigentes. “Como dizer que é candidato, sem nunca ter me consultado, por exemplo.” O deputado estadual nega e diz ter recebido essas informações com surpresa e estranheza. “Não falta diálogo”, garante o parlamentar, que afirma ter conversado com Cristiano em três oportunidades. “Inclusive, falei com ele sobre esse tema, entre novembro e dezembro passado, e ele não discordou. Essa discordância surge agora.”
Eduardo Prado cita que é o político mais bem votado da história do PV como vereador e o único deputado estadual da sigla. “Se ele tem pretensão pessoal de disputar, na hora da convenção a gente vai decidir. Sou o único lembrado nas pesquisas. Ele não tem voto. Nem mandato ele tem.” Para o legislador, essa visão é pequena, “de quem não quer que o partido cresça.”
Presidência estadual
Cristiano Cunha diz, também, que Eduardo Prado tem o interesse em ser presidente estadual do partido e tem ligado para vereadores do Estado e chamado para conversar no gabinete dele, na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego). “Tem chamado sem falar com ninguém da estadual. Mas eu estou com a nacional e a nacional me garante”, afirma o presidente. O deputado nega: “Não pretendo tomar o partido de ninguém.”
Questionado se pretende ficar na legenda, o delegado afirma que sim e volta a dizer que será candidato a prefeito. “Só saio do partido se me expulsarem. Sou referência do partido em Goiás. Com meu nome, tenho certeza que ganho de Iris [Rezende (MDB)]”, prevê o legislador, apesar do emedebista ainda manter o suspense sobre sua candidatura. “Tenho história de credibilidade na Polícia Civil e na política. Não vejo nome melhor no PV que o meu.”
Valorização
Cunha relata, ainda, que faz parte do conselho da diretoria nacional desde 2011. “E o PV valoriza os da casa. Sempre fui secretário.” Cristiano é advogado e ex-secretário de pastas em Goiânia e Trindade. Ele assumiu, em julho passado, a presidência do PV Goiás.
Ele explicou que tem se reunido com membros da executiva nacional do PV, sendo a última conversa no último final de semana. Ele argumentou que há uma intenção real do partido em ter candidato, pois há muito tempo a legenda não apresenta nomes para uma disputa majoritária. “A direção nacional está animada com candidatura própria do PV em Goiânia”, relatou. Prado relata, também, que conta com o apoio de dirigentes do partido.
De saída
O Partido Verde pretende formar chapa a vereador em Goiânia. A intenção é que não seja uma disputa “pesada”. Para isso, foi estabelecido um teto potencial na ordem de 2,5 mil votos. Por este motivo, foi acordado que os vereadores Álvaro da Universo e Gustavo Cruvinel deixarão o partido, na janela de transferência prevista para abril.
Cristiano Cunha argumentou que a presença dos vereadores no PV dificultava a formação de chapa. Os parlamentares, por terem estrutura e capital político, poderiam tirar a oportunidade daqueles que serão candidatos e que não possuem mandato.
Ainda sobre as eleições de 2020, o presidente estadual do PV disse que o partido pretende lançar o maior número de candidatos a prefeitos e vereadores, em Goiás, a fim de fortalecer a sigla para 2022. “Ainda estou fechando com os municípios, estruturando para ver onde temos chance de candidatura.”
Segundo ele, cidades do entorno como Formosa e Valparaíso já estão garantidas. Cunha citou, ainda, Ipameri, Nerópolis e, claro, Goiânia, que conta com seu nome e o de Prado. “Candidaturas de vereador é possível que alcancemos pelo menos 200 municípios [dos 246].”