Privatização da CelgPar passa em primeira votação na Alego
Votaram contra: Antônio Gomide, Bia de Lima e Mauro Rubem, do PT; além de Eduardo Prado (PL), Major Araújo (PL) e José Machado (PSDB)
O projeto de lei que permite o governo estadual privatizar a CelgPar foi aprovado em primeira votação na Assembleia Legislativa de Goiás, durante sessão extraordinária realizada na quarta-feira (20). O texto contou com votos contrários da oposição e segue para uma segunda apreciação em plenário.
Os votos contrários foram dos deputados Antônio Gomide, Bia de Lima e Mauro Rubem, todos do PT; além do Delegado Eduardo Prado (PL), Major Araújo (PL) e José Machado (PSDB).
O projeto teve uma tramitação rápida na Assembleia. O governo enviou o texto na terça-feira (19). No mesmo dia passou pela Comissão Mista, onde recebeu vistas. Na quarta-feira (20), avançou na mesma comissão e, a partir de convocação de sessão extra, foi colocado em plenário e aprovado.
O presidente da Assembleia, Bruno Peixoto (UB), anunciou que os recursos obtidos pela venda da estatal serão utilizados para cobrir parte do rombo da previdência estadual. De acordo com ele, a venda vai permitir a elevação do limite de isenção da contribuição previdenciária dos servidores para acima dos atuais R$ 3 mil.
“Hoje tive a oportunidade de conversar com o nosso governador Ronaldo Caiado, e ele nos assegurou que todo o recurso oriundo dessa venda será destinado à Goiasprev, o sistema de previdência do servidor público estadual. Então, temos que nos unir e votar essa matéria o quanto antes para contribuir com os nossos aposentados”, afirmou.
A estimativa é que o valor da CelgPar gire em torno de R$ 400 milhões.
Durante as discussões, o deputado Mauro Rubem veiculou vídeo em que Ronaldo Caiado (UB), quando ainda era senador, aparece se posicionando contrário à privatização da Celg. O parlamentar pontuou que o povo goiano “paga caro” pela venda das outras partes da empresa.
“Estamos vendendo uma empresa de futuro, que pode entrar na discussão mundial para geração de energia limpa, para construção de outros processos para alavancar o nosso estado para gerar mais riquezas. O governador erra”, disse Mauro Rubem.
O deputado Amauri Ribeiro (UB), que é relator da matéria, defendeu a venda da CelgPar e criticou a comparação com as privatizações anteriores. “A CelgPar, sem a Celg, não tem utilidade para o Estado. Não justifica ficar com uma pequena parte do que foi a Celg. O Estado não está vendendo e assumindo um centavo de dívida”, pontuou.