Projeto que acaba com emprego de frentistas faz sindicato de Goiás se mexer
Representantes do Sindicato dos Empregados em Postos de Serviços e Combustíveis e Derivados de Petróleo (Sinpospetro)…
Representantes do Sindicato dos Empregados em Postos de Serviços e Combustíveis e Derivados de Petróleo (Sinpospetro) em Goiás reuniram-se com deputados federais em Brasília, nesta quarta-feira (25), para pedir que eles não apoiem o projeto de lei que acaba com os frentistas. Trata-se de um emenda apresentada por Kim Kataguiri (DEM-SP) à Medida Provisória (MP) 1.063, que descontinua o serviço que os frentistas prestam nos postos de gasolina no Brasil e propõe o autoatendimento como forma de diminuir custos.
“Em uma época de tantas dificuldades, com uma crise sanitária da Covid-19, aumento de preços trazendo empobrecimento da população, não se pode falar em acabar com empregos”, diz Hélio Araújo, presidente do Sinpospetro. Hoje há 500 mil frentistas em todo o Brasil.
Para Hélio, a emenda de Kim Kataguiri é “afrontosa, indecente e desumana”. Ele diz que em Goiás são mais de 17 mil frentistas em emprego direto.
“Queremos manter os empregos. Estamos trabalhando com Federação Nacional dos Empregados em Postos de Serviços de Combustíveis e Derivados de Petróleo (Fenepospetro), além de mais de 70 sindicatos pelo País”, reforçou.
Nota do Fenepospetro contra a MP que acaba com frentistas nos postos
Por meio de nota, o Fenepospetro também se manifestou contra a MP que acaba com frentistas:
“Os frentistas estão preocupados e mobilizados contra a Emenda do Deputado Kim Kataguiri apresentada à MP (Medida Provisória) 1.063, que acaba com o serviço que prestam nos postos de gasolina no Brasil. A Emenda, que prega o autoatendimento alegando diminuição custos, trará grandes malefícios para toda a sociedade.
Em primeiro lugar trará aumento do desemprego, visto que são 500 mil frentistas em um país que já contabiliza uma taxa de 15% de desemprego. Além disso, há uma questão da segurança e de saúde pública, visto que lidar com combustíveis requer experiência e treinamento, já que se trata de componentes inflamáveis, tóxicos e, portanto, perigosos. Lidar com esses produtos de forma inadequada poderá acarretar na ocorrência de intoxicação e até incêndios.
Os frentistas são profissionais preparados e necessários para têm equipamentos de proteção e recebem treinamento para exercer a atividade.
Não é verdade, como afirma erroneamente a Emenda, que a manutenção dos trabalhadores frentistas eleva o preço dos combustíveis. A Petrobras e o governo são os órgãos que determinam esse valor. O salário dos trabalhadores no preço final é insignificante em relação ao preço dos combustíveis. Temos conhecimento de que tal Emenda não interessa nem aos trabalhadores, nem aos revendedores, nem aos proprietários de posto. Acreditamos que ela não será benéfica nem aos usuários, pelas questões já apontadas.
Estamos atentos e ressaltamos que diversas entidades de trabalhadores são contrárias à proposta que só trará prejuízos para o Brasil.”