Projeto que prevê paralisação de privatização da Celg GT tramita na Alego
Tramita na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) um projeto de lei que visa paralisar a…
Tramita na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) um projeto de lei que visa paralisar a privatização de companhias consideradas estratégicas para o Estado. O argumento do autor da proposta, deputado estadual Paulo César Martins (MDB), é que a pandemia provoca queda nas ações das estatais, deixando-as expostas a investidores estrangeiros. Entre as empresas que podem ter processo de desestatização paralisado está a Celg GT.
Na semana passada, o projeto foi protocolado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para avaliação de constitucionalidade, sob a relatoria do deputado estadual Wilde Cambão (PSD).
O dispositivo prevê a paralisação dos processos de desestatização e desinvestimentos realizados pela Administração Pública, Direta e Indireta, no âmbito estadual, até 12 meses após o fim do estado de calamidade pública. “A continuidade desses processos seria uma atitude irresponsável que, com certeza, geraria relevantes prejuízos aos goianos”, argumenta.
Prejuízo
Paulo César Martins aponta que a Celg GT como exemplo. A empresa está na lista de privatizações do governo, no entanto, argumenta o deputado, contribuiu com R$ 71 milhões em dividendos. “Na prática, a proposta entregaria para os acionistas privados não só a rentabilidade, mas também o controle de geração de energia hidrelétrica e das linhas de transmissão de energia elétrica pertencentes à companhia e estratégicas para Goiás”, diz.
Neste sentido, mesmo alguns meses após o fim do estado de calamidade em decorrência da pandemia de Covid-19, haveria perda de um instrumento para auxiliar na recuperação da economia e para mitigar os efeitos da crise causada pela pandemia.
Se receber parecer favorável na CJJ, o projeto pode seguir a plenário.
Leilão
Inicialmente prevista para ser realizada em março deste ano, o leilão da Celg GT foi remarcado para o segundo semestre. No comunicado, a empresa revela que o leilão foi adiado para evitar “a realização concomitante com outras operações do setor”, bem como por solicitação por parte dos investidores interessados. O texto é assinado por José Fernando Navarrete Pena, diretor vice-presidente e de relações com investidores