PSL e DEM emitem nota contra discurso de Bolsonaro de 7 de setembro
O PSL e o DEM emitiram nota conjunta contra o discurso do presidente Bolsonaro (sem…
O PSL e o DEM emitiram nota conjunta contra o discurso do presidente Bolsonaro (sem partido) realizado no Dia da Independência, 7 de Setembro. “Hoje se torna imperativo darmos um basta nas tensões políticas, nos ódios, conflitos e desentendimentos que colocam em xeque a Democracia brasileira.”
Na Esplanada, em Brasília, na terça (7), o mandatário repetiu que “não devemos aceitar nada fora das 4 linhas da Constituição”. E acrescentou: “Não aceitaremos mais prisões políticas. Cada chefe de poder que enquadre o seu ou tomaremos uma atitude. Juramos respeitar a CF. Quem age fora dela ou se enquadra ou pede pra sair. Uma nova história começa a ser escrita no Brasil.”
Em nova ameaça ao Supremo Tribunal Federal (STF), ele pediu ao ministro Luiz Fux para enquadrar Alexandre de Moraes: “Quem age fora da constituição, ou se enquadra ou pede pra sair!”
Confira a nota na íntegra dos partidos contra o discurso de 7 de setembro:
“O PSL e o DEM entendem que a liberdade é o principal instrumento democrático e não pode ser usada para fins de discórdia, disseminação de ódio, nem ameaças aos pilares da própria Democracia. Por isso, repudiamos com veemência o discurso do senhor presidente da República ao insurgir-se contra as instituições de nosso país.
Hoje se torna imperativo darmos um basta nas tensões políticas, nos ódios, conflitos e desentendimentos que colocam em xeque a Democracia brasileira e nos impedem de darmos respostas efetivas os milhões de pais e mães de família angustiados com a inflação dos alimentos, da energia, do gás de cozinha, com o desemprego e a inconstância da renda. Não existe independência onde ao cidadão não se garantem as condições para uma vida digna. O Brasil real pede respostas enérgicas e imediatas. Coloquemos as mãos à obra.”
Partido Social Liberal – PSL
Democratas- DEM
Presidente do STF, Fux também reagiu ao discurso de Bolsonaro. O ministro disse que o presidente Bolsonaro (sem partido) incentiva palavras de ódio contra o supremo e seus membros, e classificou esses atos como práticas ilícitas e intoleráveis. O jurista comentou não só sobre os atos de 7 de Setembro, mas também acerca de uma postura recorrente do gestor federal. “Ninguém fechará essa corte”, foi enérgico.
“Crítica institucional não se confunde com narrativas de descredibilização do STF e seus membros, como tem sido feito pelo chefe da nação“, declarou e garantiu: “Esse Poder jamais aceitará ameaças e intimidações.”
Fux pediu, ainda, que a população não caia em narrativas falsas e messiânicas. “O verdadeiro patriota não fecha os olhos para problemas reais do País.” De acordo com ele, ideias antidemocráticas se enquadram em crimes de responsabilidade que devem ser analisados pelo Congresso.
Apesar disso, o presidente do STF ressaltou que todas as capitais do País e diversas cidades tiveram cidadãos em atos pró e contra o presidente nas ruas, mas sem o registro de incidentes graves.