PSOL reelege presidente e decide por união de esquerda
Neste momento, partido optou por não apresentar pré-candidatura à presidência
O PSOL decidiu em seu 7º Congresso Nacional reeleger Juliano Medeiros como presidente nacional por mais dois anos. Em sua fala, ele defendeu a unidade da esquerda para 2022 e recuou de uma possível candidatura própria. Desta forma, o partido não apresenta – pelo menos neste momento – uma pré-candidatura à presidência. A discussão deve ser aprofundada no primeiro semestre do ano que vem em convenção eleitoral.
O próprio Juliano confirmou o resultado no Twitter, neste domingo (26): “Terminou agora o 7° Congresso Nacional do PSOL. A chapa “PSOL de Todas as Lutas” alcançou 57% dos votos para a direção nacional. Reeleito, continuo por mais dois anos à frente do partido como presidente para lutar pela unidade, pelo impeachment e por uma esquerda combativa.”
Em resolução, o partido afirma que a prioridade é derrotar a “extrema-direita”. “Lutamos pelo impeachment de Jair Bolsonaro e sua inelegibilidade, mas sabemos que isso depende de fatores que não estão totalmente sob nosso controle. Ainda assim, temos feito nossa parte, lutando pela unidade da oposição no Congresso Nacional, estimulando a luta nas ruas e denunciando permanentemente os crimes de Bolsonaro e seus aliados.”
O texto diz, ainda, que “apesar de dispor de excelentes nomes, o PSOL não apresentará neste momento uma pré-candidatura para a disputa presidencial. A prioridade, em nível nacional, deve ser a construção da unidade entre os setores populares para assegurar a derrota da extrema-direita. Esse processo de diálogo deve envolver elementos programáticos, arco de alianças e não pode ser uma via de mão única”. Vale lembrar, em 2018 o partido lançou Guilherme Boulos como candidato à presidência.
PSOL em Goiânia e Goiás
Fabrício Rosa, membro da Executiva em Goiânia, diz que o Congresso Nacional teve início na sexta, com participação de mais de 50 mil filiados. Foram eleitos 400 delegados, ele revela. Sobre uma aliança de esquerda, 57% foram favoráveis.
Entre os contrários, segundo Fabrício, estavam os deputados federais Glauber Braga e a Sâmia Bomfim e a estadual Luciana Genro. Eles, junto com os demais vencidos, defendiam uma pré-candidatura própria. “Eu me coloco entre os favoráveis a uma união de esquerda”, diz o goiano.
Sobre qual união de esquerda, Fabrício diz que não necessariamente o partido vai compor com o ex-presidente Lula (PT). De acordo com ele, o intuito é trabalhar para enfrentar o “bolsonarismo”.
O Mais Goiás também tentou contato com Weslei Garcia, presidente estadual do PSOL, mas não teve retorno.
Eleição de Juliano e outras resoluções:
Eleição Diretório Nacional – eleição de Juliano Medeiros
PSOL de cara própria: 43% (173 votos)
PSOL de Todas as Lutas: 57% (228votos)
Abstenções: 0% (1 abstenção)
Por consenso as contribuições e moções a seguir foram votadas em bloco após a leitura de cada uma:
- Contribuição dos Povos de Comunidade tradicionais /Indígena
- Contribuição de Setorial Nacional Ecossocialista “PAULO PIRAMBA” ao 7º Congresso do PSOL
- Contribuição da Negritude do PSOL ao 7º Congresso do PSOL
- Setorial NACIONAL de Mulheres do PSOL ao 7º Congresso do PSOL
- Moção de solidariedade a luta do Saara Ocidental
- Moção em solidariedade ao companheiro Zé Rainha e Claudemir
- Moção de pesar Mariele de Jesus – Bahia
- Resolução Política LGBTI+
1 – Favorável: 99%
2- Contrário: 0% (1 voto contrário)
3 – Abstenções: 0%