PT de Aparecida se reúne com pré-candidatos a vereador na segunda-feira
Atualmente com legislador na Câmara, objetivo do partido é fazer de dois a três parlamentares; nome feminino é destacado por membros da sigla
O Diretório Municipal do PT de Aparecida de Goiânia se reúne com os pré-candidatos a vereador da cidade, nesta segunda-feira (3). O encontro acontece na Câmara Municipal, às 18h, e conta com a presença do presidente local da sigla, Adriano Montovani, da presidente estadual, Kátia Maria, além do deputado federal Rubens Otoni e dos estaduais, Antônio Gomide e Adriana Accorci.
Helvecino Moura, único vereador pela sigla em Aparecida, também garantiu presença. Ainda sem confirmar se é candidato à reeleição, o petista, no oitavo mandato, declara que o partido trabalha para fazer dois ou três legisladores neste pleito.
“Em 2016, com meus votos, levamos um pela coligação. Sem coligação, estamos fazendo articulação para oficializar lideranças, homens e mulheres com nome forte, para a disputa.”
Segundo Moura, inclusive, o PT pode ter um nome feminino forte. Vale citar que a Câmara de Aparecida não tem nenhuma vereadora. “Ainda não estamos divulgando nomes, mas teremos renovação e mais mulheres”, adianta. Apesar de manter o segredo, ele destaca a Vânia França, superintendente da pasta de Assistência Social do município.
Atualmente, o PT é o partido com maior número de deputados federais: 53. Além disso, há seis senadores, quatro governadores e dois deputados estaduais em Goiás (Gomide e Accorsi). Questionado sobre o porquê do partido não mostrar essa força na Câmara, Moura discorda da indagação. “Eu acho que ter um vereador já é um grande trunfo”, diz ele, apesar de projetar a eleição de dois ou três neste ano. “Ainda mais que na cidade tem mais de 30 partidos.” A Casa de Leis da cidade possui 25 cadeiras.
Desafio
O presidente municipal do PT, Adriano Montovani, reforçou as palavras de Moura sobre a possibilidade do partido fazer dois ou três vereadores. Como nome forte feminino que é pré-candidata, ele destacou, também, a superintendente da pasta de Assistência Social, Vânia França. “Foi muito bem votada na última eleição, apesar de não ter sido eleita”, lembra.
Montovani ainda ressaltou que a sigla tem trabalhado para atrair pré-candidatos alinhados com a esquerda. “As pessoas estão vendo a necessidade de políticos que tenham compromisso com a população mais pobre”, observa.
Para ele, o atual governo (federal) faz uma gestão voltada da classe média alta para cima. “E a população está vendo”, acredita. Inclusive, Adriano adianta que colocou o nome à disposição da legenda como pré-candidato a vereador. “Sou do mesmo grupo do vereador Moura. Então, se entenderem que ele deve ser o candidato, vou apoiá-lo.”
Aliança
Hoje, o PT faz parte de uma aliança com o MDB do prefeito aparecidense, Gustavo Mendanha. Apesar disso, existe uma orientação da executiva nacional do Partido dos Trabalhadores para que todas as cidades tenham candidatura majoritária. “Então, esse debate [sobre continuar apoiando Mendanha] vamos ter com a direção estadual. A decisão será tomada nas plenárias.”
Apesar dessa possibilidade de deixar a aliança, Montovani lembra que esta existe desde a gestão do emedebista Maguito Vilela, que foi sucedido por Gustavo. “E tem dado bons frutos. Então, parte do partido apoia a permanência, por entender que vai bem; e parte entende que é preciso ter candidatura própria.”
Vânia França
Vânia França ainda não bateu o martelo. A superintendente disse ao portal que ainda está avaliando a situação. Ainda assim, ela revela que, recentemente, teve um encontro com a deputada estadual Adriana Accorsi para tratar do tema. Questionada, ela mantém o suspense.
“Participei das últimas eleições, então é natural que as pessoas me vejam como pré-candidata”, resume, mas sem fazer previsão. “Nesse encontro de segunda-feira, vou me situar. Vamos ver como será trabalhada a chapa.”
Ainda assim, Vânia aproveitou para falar da mulher na política. Para ela, o espaço de atuação existe, mas está vago na Câmara aparecidense. “Somos a maioria dos eleitores, então é um paradoxo”, critica. Em caso de candidatura, então, ela diz que buscará pela cadeira no parlamento para fazer um trabalho pelas mulheres, assim como para representar a cidade. “Estou na luta, sempre estive e vou continuar”, relata independente de candidatura.