REFLEXOS

PT de Goiás diz que decisão em favor de Lula gerou corrida por diretórios no interior

Presidente do partido diz que objetivo máximo é voltar à presidência da República

Kátia Maria, presidente da PT em Goiás (Foto: Reprodução / Facebook)

Presidente estadual do PT, a professora Kátia Maria disse que, com a decisão de anular as sentenças contra Lula, todo o cenário político é impactado. “Nosso projeto para o PT muda pouco: primeiramente é a voltar à presidência.”

Segundo ela, contudo, com Lula elegível, o tabuleiro político se movimenta, refletindo em todos os Estados. “Só hoje recebi a ligação de três pessoas querendo assumir diretórios municipais para ajudar na campanha de Lula, em 2022. De Corumbaíba, Aragoiânia e Santa do Araguaia. Pessoas que não são do PT, mas querem ajudar.”

Questionada se o nome do ex-presidente é certo na disputa em 2022, ela diz que “ele está com a bola e só não será, caso não queira”. “Semana passada nos reunimos com Gleisi Hoffmann [presidente nacional] e com Fernando Haddad [também pré-candidato à presidência] e discutimos construir um projeto que fortaleça o nacional, mas também o estadual para tirar Ronaldo Caiado (DEM), que não é negacionista como Bolsonaro, mas é tão ineficiente quanto no combate à pandemia.”

Segundo ela, a economia do Estado sofre menos, aparentemente, por ser baseada no agronegócio. Contudo, as micro e pequenas empresas estão em estado de calamidade. “Não vejo coordenação efetiva contra a pandemia. Tem discurso, mas as normatizações têm ocorrido pelos municípios.”

Sobre candidatos ao governo, Kátia mantém o discurso recente e afirma que a sigla ainda discutirá com a diretoria nacional qual a melhor estratégia. Apesar disso, reforça que o PT trabalha para montar chapas fortes de deputado estadual e federal.

Vale destacar, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin concedeu concedeu habeas corpus para declarar incompetente a 13ª Vara Federal de Curitiba para julgar quatro processos que envolvem Lula –o do tríplex, o do sítio de Atibaia, o do Instituto Lula e o de doações para o mesmo instituto, na segunda-feira (8). Na decisão, o ministro entendeu que, com a incompetência, ficam nulos os atos decisórios, inclusive do recebimento das denúncias contra Lula.