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Queda na aprovação de Bolsonaro não tem a ver com Moro, mas com a gestão, diz cientista político

Levantamento aponta que 60% acham governo ruim ou péssimo e 19% ótimo ou bom

Levantamento do Instituto Atlas informa queda de cinco pontos percentuais na aprovação de Bolsonaro (sem partido). Com isso, o presidente chega a primeira abaixo de 20% (19%) na avaliação de ótimo ou bom, com com 60% classificando o governo como ruim ou péssimo.

Para o cientista político Marcos Marinho, a queda é reflexo da gestão. “Não tem a ver com a emergência do ex-ministro Sergio Moro (Podemos), agora pré-candidato. O governo não trouxe resultados efetivos em prol da população. Só se mostra perdido, dia após dia. Governo que não se viabiliza de maneira nenhuma.”

Segundo ele, só se vê ingerências e situações negativas, como entregas de cargos e outros pontos que desgastam a administração. Questionado sobre o Auxílio Brasil, ele acredita que pode dar um pequeno impacto, mas nada relevante – o programa é uma espécie de substituto do Bolsa Família que pretende pagar R$ 400 até o fim de 2022.

“O caos que está gerando é maior que qualquer benefício para o governo. Todos estão vendo que é eleitoreiro. A economia está destruída, a inflação está muito alta”, critica.

Já sobre Moro, contudo, no futuro Marinho vê uma divisão de votos, em 2022. “A partir de agora, Bolsonaro deve ‘derreter'”, prevê. “O Moro, inclusive, deve ser a escolha do Centrão, com possibilidade de composição com João Doria (PSDB).”

Pesquisa

Ainda sobre o levantamento Atlas, realizado de 23 e 26 de novembro, 19% consideram governo do atual presidente como ótimo ou bom; 20%, regular; e 60%, ruim ou péssimo; e 1% não soube opinar. Ao todo, 4.921 pessoas responderam a pesquisa de forma online.

A seleção de entrevistados ocorreu de forma aleatória. A margem de confiança é de 95%.

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