Queiroga diz ser contra uso obrigatório de máscara
Para ele, utilização tem que ser por consciência
O ministro da Saúde Marcelo Queiroga é contra o uso obrigatório de máscara contra a Covid-19. A informação foi dada nesta quarta-feira (18), em entrevista ao Terça Livre, site investigado por causa de fake news.
Vale lembrar, o ministro já falou do possível fim da obrigatoriedade do equipamento de proteção até o fim do ano.
“Garanto a vocês, em nome do Bolsonaro, até o final do ano toda a população brasileira estará vacinada. Até o final do ano, poremos fim ao caráter pandêmico dessa doença no Brasil e vamos poder tirar de uma vez por todas essas máscaras, e desmascarar aqueles que, mesmo que nunca tenham usados máscaras, precisam ser desmascarados”, disse em Brasília, na semana passada.
Desta vez, ele declarou que o uso tem que ser por consciência, não por obrigatoriedade. “Primeiro, nós somos contra essa obrigatoriedade [do uso de máscaras]. O Brasil tem muitas leis, e as pessoas, infelizmente, não observam. O uso de máscaras tem de ser um ato de conscientização. O beneficio é de todos e o compromisso é de cada um.”
Ele disse, ainda, que penalizar a falta de uso do equipamento de proteção é criar uma “indústria da multa”. “Se está precisando fazer isso, é porque nós então não estamos sendo eficientes em conscientizar a população”, completou.
O presidente Bolsonaro (sem partido) pediu em junho que o ministro providenciasse um parecer desobrigando o uso de máscaras para vacinados contra a Covid. Contudo, ainda não houve relatório nesse sentido.
OMS e máscara contra a Covid
Em mais de um momento, a Organização Mundial da Saúde (OMS) reforçou a necessidade do uso de máscaras no Brasil. O equipamento, segundo a OMS, é crucial enquanto existe a transmissão comunitária da doença.
Vale ressaltar, o Brasil já sofre com a variante Delta da Covid, que é mais transmissível.
Fake News
Allan dos Santos, dono do Terça Livre, é alvo de investigações da Polícia Federal no âmbito do inquérito das fake news do Supremo Tribunal Federal (STF). Recentemente, o presidente Bolsonaro também foi incluído na apuração.
No começo do mês, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou a inclusão de Bolsonaro como investigado no inquérito que apura a divulgação de informações falsas. Depois da inclusão, presidente fez discursos polêmicos, no último dia 4. Em tom de ameaça, o ele afirmou que o “antídoto” para a ação não está “dentro das quatro linhas da Constituição”.