“Queremos tornar o auxílio permanente”, diz Elias Vaz sobre PEC Kamikaze
A PEC prevê série de benefícios sociais à beira das eleições modificando a Constituição Federal, por isso foi apelidada de Kamikaze
O deputado federal Elias Vaz (PSB), integrante da comissão especial, diz que a intenção da oposição é que o aumento no Auxílio Brasil, inserido na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 1/2022, conhecida como PEC Kamikaze, seja permanente. A matéria tramita na Câmara dos Deputados depois de ser aprovada no Senado.
Segundo o deputado goiano, a intenção é que o aumento de R$ 400 para R$ 600 no Auxílio Brasil, inserido na PEC, seja permanente. Elias Vaz diz que irá votar favorável ao projeto, mas propor que o aumento seja permanente. “Queremos tirar o caráter eleitoreiro. O estado de emergência também é muito oportunismo”, aponta ao se referir ao artigo 2 da PEC que decreta estado de emergência no país.
“Isso pode estar abrindo um guarda chuva para se comenta uma série de outros atos que seriam vedados em outras situações”, comenta.
PEC
A votação da PEC dos Benefícios, ou PEC Kamikaze, em comissão especial da Câmara foi adiada na madrugada desta quarta-feira (6) após pedido de vistas e deve ser retomada a partir de quinta-feira (7). O relator da proposta manteve o texto aprovado no Senado, com custo de R$ 41,25 bilhões fora do teto de gastos.
A PEC prevê série de benefícios sociais à beira das eleições modificando a Constituição Federal, por isso foi apelidada de Kamikaze, já que é vista como uma arma de tudo ou nada usada pelos congressistas para a reeleição deles e do presidente Jair Bolsonaro (PL). Entre as medidas está auxílio-gasolina de R$ 200 a taxistas, bolsa-caminhoneiro de R$ 1 mil e o aumento do Auxílio Brasil para R$ 600, além de ampliação do vale-gaás.