Racha no MDB pode levar à suspensão das eleições do partido
O atual presidente estadual do partido, Daniel Vilela, acusa oposição de utilizar de manobra para buscar cargos no governo
Nesta quarta-feira (16), o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO) decidiu pela suspensão da eleição para a presidência estadual do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), convocada para o próximo sábado (19).
O pedido de suspensão foi feito pelo prefeito de Catalão, Adib Elias. A única chapa que se candidatou foi a do atual presidente, Daniel Vilela, que fica no cargo até o dia 11 de fevereiro. Atualmente, existe um “racha” interno no MDB. O grupo de Adib apoiou o atual governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), durante as eleições de 2018.O outro grupo apoiou a candidatura de Vilela, que foi derrotado no mesmo pleito.
A decisão do TJ-GO é assinada pelo juiz Sandro Cássio Fagundes e prevê multa de R$ 500 milhões em caso de descumprimento. O juiz justifica que edital de convocação das eleições do MDB foi publicado no dia 11 de janeiro e a data coincidia com o prazo mínimo para o registro das chapas. Segundo o magistrado, isso “prejudicou a ampla participação dos seus filiados no processo eletivo”.
Contudo, os prazos estão previstos regulamento do partido e Vilela afirmou que iria recorrer da decisão ainda nesta quarta-feira. “O juiz declarou que nós cumprimos o estatuto, mas ele entende que os prazos são irrazoáveis. Nós estamos contestando do Tribunal de Justiça: se é razoável ou não, é uma norma definida pelo Partido e estamos cumprindo”, afirma.