Reforma tributária: Caiado diz que Goiás será rebaixado à condição de ‘sub-do-Sul’
Governador tem buscado apoio de várias frentes, empresariais e políticas, como Tarcísio de Freitas
O governador Ronaldo Caiado (União Brasil) voltou a direcionar críticas à reforma tributária nesta quinta-feira (13/07) e destacou que, com o texto sancionado, Goiás será rebaixado à condição de “sub-do-Sul”. “Hoje nós já aceitamos ser considerados sub-nacionais. Agora seremos sub do Sul e do Sudeste”, desabafou durante coletiva à jornalistas.
O gestor voltou a dizer que Goiás perderá relevância com a criação do Conselho Federativo, já criticado em outras oportunidades. “Os três estados [Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro determinam qualquer modificação que possa se fazer dentro do Conselho Federativo. O povo que me elegeu não autorizou o Congresso Nacional a tirar as prerrogativas do governador. Não sei onde eles estão vestidos com essa prerrogativa. Se é cláusula pétrea, não precisava nem ser discutida”, destacou.
Ao dizer que tem procurado apoio de outras forças como as entidades empresariais goianas com quem se encontrou no fim da tarde desta sexta-feira, revelou reunião com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). “Fizemos uma longa reunião expondo situações que criam um quadro de estados que foram rebaixados a condição de sub-do-Sul. Somos sub-nacionais, aceitamos. Agora somos sub do Sul e do Sudeste”, repetiu.
Texto aprovado da reforma tributária ainda não foi publicado
Caiado ainda reclamou de demora na publicação do texto aprovado na Câmara dos Deputados quando questionado se a Procuradoria-Geral do Estado já está preparando alguma medida para recorrer do texto quando aprovado no Senado.
“A PGE está orientada a nos fornecer dados diante do texto. Você sabia que o texto votado pelos deputados não foi publicado até hoje? Quer dizer, até nossa assessoria tem dificuldades em saber porque até pela manhã não havia sido publicada. A matéria foi votada e não existe”, reclamou.
Caiado continuou reclamando da rapidez na tramitação no Senado, já que a matéria sequer deverá passar pela Comissão de Assuntos Econômicos, presidida pelo senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO).
“Vai chegar ao Senado e estão dizendo que a Comissão de Assuntos Econômicos não vai discutir. Para que que tem uma Comissão de Assuntos Econômicos que não debate o tema? Para que esse açodamento? Na verdade, o açodamento é que quando a população tomar conhecimento que vai pagar uma aliquota de 31% e o que vai cair no ombro, a matéria já vai ser aprovada”, completou.