CPI dos incentivos fiscais

Representante da Cargil declara que empresa gerou 1.300 empregos diretos

Liliana Pereira dos Anjos, representante da Cargil Agrícola, foi a terceira entrevistada pela Comissão Parlamentar…

Liliana Pereira dos Anjos, representante da Cargil Agrícola, foi a terceira entrevistada pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Incentivos Fiscais, na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego). “A empresa está em 147 municípios, em 17 Estados do Brasil, com investimento total de R$ 5,2 bi. Em Goiás, três fábricas que usufruem dos Incentivos Fiscais: Itumbiara, Goiânia e Rio Verde.”

Ela ainda apontou que a empresa armazena e produz soja e óleo de soja, óleo bruto, gordura vegetal e mais. “Ela também desenvolve projetos sociais.”

Dados da Cargil

O relator da CPI, Humberto Aidar (MDB), afirmou que a empresa teve auxílio do Fomentar e Produzir, permissão pra industrialização de soja em outros Estados (30%). Além destes, crédito outorgado de 2% de interestadual (suspenso este ano), isenção na produção de soja e milho, além de créditos especiais diversos.

Liliana disse que as fábricas tiveram renda de R$ 17 bi, com R$ 650 milhões de benefícios fiscais, com recolhimento de R$ 451 milhões. “O total bruto do meu incentivo geraria a carga de 2% do ICMS.”

Conforme o relator, o crédito outorgado foi de R$ 72 milhões para Goiânia e Itumbiara, e R$ 225 milhões, somente da soja goiana. A arrecadação nos últimos cinco anos do ICMS seria de R$ 223 milhões, com carga de 1,63% nas atuações interestaduais, segundo Aidar. Liliana disse que pode estar faltar as exportações na soma.

Somente em relação ao algodão, o deputado disse que seria 0,37%. Liliana disse que houve alguma divergência. “Eu não tenho a carga tributária do algodão.” Ao ser questionada sobre o número de empregos, ela afirmou que diretos foram 1.300 nas três fábricas.

Já foram ouvidos representantes da São Salvador Alimentos e da Ambev. O último será da Laboratório Teuto Brasileiro.