Roberto Jefferson deixa hospital e volta para presídio de Bangu
Na quarta (13), o ministro do STF Alexandre de Moraes recusou pedido da defesa e manteve a prisão do ex-deputado
O ex-deputado e presidente do PTB, Roberto Jefferson, voltou ao complexo prisional Bangu 8, no Rio de Janeiro, onde foi detido há cerca de dois meses, no início da noite desta quinta-feira (14).
O político deixou o hospital Samaritano da Barra da Tijuca, também na capital, onde esteve internado para tratar uma infecção urinária e também passou por uma cirurgia de cateterismo.
Na quarta (13), o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes recusou pedido da defesa e manteve a prisão do ex-deputado. Ele foi preso por ameaçar ministros da corte.
O ex-parlamentar recebeu alta no último dia 6. Após deixar o hospital, o político foi até o IML (Instituto Médico Legal). Em uma imagem mostrada pela rede de televisão CNN, Roberto Jefferson aparece sem máscara, de blusa branca, e escoltado por policiais federais.
A defesa do presidente do PTB havia solicitado a substituição de sua prisão preventiva por prisão domiciliar.
Roberto Jefferson foi preso após determinação de Alexandre de Moraes. Ele é suspeito de envolvimento com uma milícia digital, que atenta contra a democracia.
Durante a audiência de custódia, o político pediu que a prisão fosse convertida em domiciliar, alegando problemas de saúde. O pedido foi negado.
Mas, no início de setembro, Moraes autorizou que ele fosse transferido para o hospital, com o uso de tornozeleira eletrônica. Roberto Jefferson passou por uma cirurgia de cateterismo no dia 28 de setembro.
A PGR (Procuradoria-Geral da República) ainda apresentou denúncia contra Roberto Jefferson por incitação ao crime e homofobia. Datado de 25 de agosto, o documento é assinado pela subprocuradora Lindôra Araújo e foi enviado ao STF na semana passada.
A denúncia foi motivada por entrevistas e publicações em que o ex-deputado estimulou a população a atacar o Congresso Nacional, o STF e o TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
No ofício, a PGR detalha publicações nas redes sociais e entrevistas concedidas pelo político a alguns veículos de comunicação. Há, também, a reprodução de uma entrevista em que o ex-deputado compara a população LGBTQI+ a drogados e traficantes.