Roberto Naves: “Sonho em ser prefeito de Goiânia e governador de Goiás”

Encaminhando-se para o fim do segundo mandato, o prefeito de Anápolis e presidente do Republicanos em Goiás, Roberto Naves, garante que irá tirar férias de pelo menos dois meses quando passar o bastão do município ao sucessor. “Vou ficar pescando na região de Luiz Alves”, destaca em entrevista exclusiva ao Mais Goiás. Apesar do descanso, garante que não irá se aposentar. Pelo contrário.

Com parcimônia, o político projeta seu futuro para o Palácio das Esmeraldas e até mesmo o Paço Municipal, não sem antes pensar na eleição de daqui três anos. Lá, pretende no mínimo, ser o cabo eleitoral para outro importante projeto que não é dele, mas pretende fazer parte. “Estarei trabalhando dia e noite para que a gente possa eleger o presidente Ronaldo Caiado e a primeira-dama Gracinha Caiado, senadora”, destaca. “E se houver a necessidade e a população assim desejar posso também me candidatar a um dos cargos que estarão a disposição nas eleições de 2026”, pondera.

Se os planos são eleger o governador Ronaldo Caiado (União Brasil) presidente da República e a primeira-dama Gracinha Caiado, senadora, os de Naves miram o Executivo. “Não tenho aptidão pelo legislativo. Posso ser legislativo se eu ver a necessidade da população. Eu gosto muito cargos executivos”, pontua.

E Roberto Naves revela os próximos passos.  “Tenho um sonho ainda de ser prefeito de Goiânia um dia. Tenho o sonho de ser governador de Goiás”, destaca. Mas não há pressa para colocar o projeto em curso. “Pode ser na eleição de 2026, 2030, 2034… Tenho só 44 anos, tenho muito tempo ainda na vida pública e não costumo passar o carro na frente dos bois”, salienta. 

Naves, inclusive, faz a ressalva: o vice-governador Daniel Vilela tem a “faca e o queijo” para a eleição daqui três anos. “Naturalmente, em 2026 a sucessão natural é do Daniel que estará com a caneta na mão. Essa é a sucessão natural. Ele estará como governador e podendo ser candidato à reeleição. Ele tem habilidade e qualidade para conduzir um processo como esse. Só vai depender dele”, pontua.

Um ‘obstáculo’ chamado Wilder Morais

Um dos aliados do Republicanos em Goiás e no Brasil, o PL ainda não confirma mas ensaia o lançamento do nome do senador Wilder Morais para a disputa, em 2026. Naves reconhece que o empresário pode ser um “obstáculo” para Vilela, mas faz parte do jogo. 

“O Wilder pode ser um obstáculo, mas naturalmente você precisa de ser dois candidatos. O Daniel será um deles porque com certeza estará com a caneta na mão e tem todas as condições de ganhar a eleição. Do outro lado teremos o Wilder ou outro candidato para poder enfrentá-lo”, destaca. Com quem estará no palanque? “Não tenho dificuldade. Eu ficarei com aquele ficar o governador Ronaldo Caiado”, sintetiza Roberto Naves.

A certeza de Roberto Naves: Caiado candidato com apoio de Bolsonaro

Das apostas feitas à mesa, uma certeza: Roberto Naves tem convicção que o governador Ronaldo Caiado conseguirá viabilizar sua pré-candidatura a presidência da República. Com o importante apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro.

“Tenho certeza que Caiado será o candidato do Bolsonaro. O governador do meu partido que é o Tarcísio vai continuar como governador de São Paulo. Tarcísio continuando como o governador de São Paulo, Caiado vai ser o candidato da direita com reais chances de vencer as eleições”, projeta Roberto Naves.

Se o União Brasil não pavimentar o caminho ao atual gestor, Roberto Naves não vê dificuldades em Caiado viabilizar o projeto em outros ares. “Por qualquer partido. O presidente do Republicanos Marcos Pereira já disse que está de portas abertas. Tenho certeza que o PL se o presidente Bolsonaro também vai estar com portas abertas. A direita terá seu espaço e as eleições de 2024 vão servir para aquecer os motores”, salienta.

O ponto alto para a direita em 2026 será 2024. A eleição vitoriosa de Javier Milei na Argentina acendeu combustível dos conservadores que mostram-se animados no pleito do ano que vem. “A eleição de 2024 vai aquecer os motores para 2026. Observando o resultado da eleição na Argentina, do Milei, você vê que a direita não está morta. Os índices de aprovação por ser o primeiro ano de governo do PT você vê que a coisa não é como todo o mundo esperava. Eu acho que a direita vem muito forte”, completa.